Esta manhã teve lugar o diálogo com a imprensa em torno do próximo Congresso Eucarístico Internacional e à Preparação do Documento e da Mensagem Conclusiva para esta V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe.
O Cardeal Marc Ouellet , Arcebispo de Québec (Canadá), referiu-se aos preparativos do 49° Congresso Eucarístico Internacional, que se celebrará em Québec do 15 ao 22 de junho de 2008, com o tema "A Eucaristia, dom de Deus para a vida do mundo".
Indicou que este Congresso marcará uma etapa importante no desenvolvimento do movimento eucarístico mundial que vemos crescer desde o ano dois mil e cuja amplitude demonstra um impulso manifesto do Espírito Santo.
“A temática será um prolongamento do tratado durante esta V Conferência Geral. Expõe alguns aspectos da doutrina Eucarística de uma maneira bastante original, insistindo sobre a dimensão trinitária e missionária com uma clave eclesiológica que faz ressaltar a Nova Aliança e o simbolismo nupcial do mistério eucarístico”, afirmou.
A organização do Congresso conta com um secretariado funcional, uma página na internet: www.cei2008.ca, e uma rede de delegados nacionais e diocesanos. As inscrições estão abertas via internet onde se encontra o formulário de inscrição. Anunciou que terá também um Congresso teológico de 11 a 13 de junho para um público de teólogos e pastores. Assinalou, finalmente que o Congresso Eucarístico Internacional é um Kairós, uma Statio orbis, uma oportunidade magnífica para impulsionar a Grande Missão Continental desde “A Eucaristia, dom de Deus para a vida do mundo”.
Por sua vez, Monsenhor Angélico Sândalo Bernardino, Bispo de Blumenau (Brasil) explicou as perspectivas que se estão reflexionando na elaboração do Documento Final e da Mensagem Conclusiva. Destacou que com esta V Conferência Geral se procura que a Igreja seja uma autêntica discípula de Jesus, onde todos seus membros: bispos, sacerdotes, religiosos, leigos e leigas sejam seus fiéis seguidores.
Quanto à Missão, recordou que seu propósito será que todos e todas tenham vida e a tenham em abundância. Recordou a urgência da presença dos discípulos e missionários de Cristo entre os novos areópagos, no campo político e público, comunicando o Reino de Deus que também é Justiça Social na vida mesma, a família, a defesa da criação, a participação e o reconhecimento do papel das mulheres, a responsabilidade dos pais de família, a saúde dos enfermos. “Nossa presença como discípulos e missionários tem de estar entre os migrantes, os meninos da rua, entre os cárceres, na defesa da natureza”, ressaltou.
Neste sentido, destacou que o documento final que se encontra em preparação, fala muito bem dos esforços e trabalhos de muitos cristãos. No entanto, sublinhou que o atual modelo de Paróquia tem que se renovar, integrando às comunidades, aos leigos e leigas na tomada de decisões e nas responsabilidades pastorais.
A sua vez, enfatizou que a missão estará orientada fundamentalmente aos batizados que estão longe da Igreja e não participam nas comunidades, como também para aqueles outros que nunca conheceram a Jesus.
Comentou: “os nomes dos mártires seguramente não aparecerão no Documento final. Mas ninguém duvida que seu exemplo de entrega deva seguir sendo um exemplo a imitar”.
Ademais, agregou que, há temas que deverão ser abordados em outros espaços: “Queremos então fazer uma mensagem de ESPERANÇA. Vamos proclamar que somos filhos e filhas de Deus. Queremos que Deus seja o centro de nossa alegria”.