O Cardeal Jean-Louis Tauran, presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso, encerrou neste fim de semana em Madrid os trabalhos da Conferência para o diálogo entre as religiões, convocada pelo Rei Abdallah Bin Abdelaziz Al Saud da Arábia Saudita.
Cerca de 200 personalidades pertencentes ao judaísmo, cristianismo e Islão estiveram presentes na Conferência, além de vários representantes das religiões asiáticas, o que constitui um passo importante dado pela Arábia Saudita, no caminho do diálogo e do encontro entre as grandes religiões.
A conferência, inaugurada pelo soberano saudita juntamente com o Rei de Espanha, concluiu-se com a proposta de um pacto anti-terrorismo, afirmando que este é um dos principais obstáculos para o diálogo e a coexistência pacífica.
No documento conclusivo sublinha-se que o terrorismo é um fenômeno universal que deve ser combatido seriamente, de maneira justa e responsável, graças a um esforço internacional comum, cujos termos devem ser definidos de maneira pontual e concreta.
Além disso, a declaração afirma que o terrorismo é um dos principais obstáculos ao diálogo e à convivência. Os participantes do congresso afirmam que é preciso criar um grupo de especialistas que se encarregue de analisar os problemas que impedem o diálogo e indicar caminhos para solucioná-los.
O cardeal Tauran, que levou a saudação do Papa, partilhou com os presentes suas considerações e reiterou que a liberdade religiosa possibilite aos fiéis participar ativamente no diálogo público mediante responsabilidades sociais, políticas e culturais.
Em relação ao futuro próximo do diálogo entre as grandes religiões, o Cardeal Tauran estabeleceu três objetivos: promover o conhecimento recíproco, encorajar o estudo das religiões de maneira objetiva; formar as pessoas para o diálogo inter-religioso.
