Uma reunião promovida pela Agência da ONU para Refugiados, ACNUR, em Genebra, nesta terça-feira, 1º, determinou o apoio da Comunidade Internacional aos países que acolhem refugiados sírios. No acordo, os países destacam a urgência de ações internacionais que reduzam o impacto econômico e social nos países vizinhos à Síria, que abrigam cerca de dois milhões de refugiados.
Na declaração final do encontro, os países que integram o Comitê Executivo do ACNUR estão alarmados com a situação na Síria, que já forçou mais de 2,1 milhões de pessoas a fugir para outros países desde março de 2011. Eles reconheceram o profundo impacto sofrido no Iraque, Jordânia, Líbano, Turquia e Egito, com a chegada dos refugiados.
Os países participantes consideram prioritária a ajuda direta aos governos dos países de acolhida, a assistência para a melhoria de serviços de infraestrutura, segurança e atividade econômica. Além de pedirem o reassentamento, vistos humanitários de entrada para refugiados sírios em outros países.
A agência destacou também a necessidade de desenvolvimento de iniciativas e projetos que ajudem as comunidades de acolhida a reduzir os custos econômicos e sociais relacionados ao acolhimento dos refugiados.
Participaram da reunião representantes de 135 países. Entre eles, estavam os ministros de Relações Exteriores do Iraque, da Síria e da Jordânia, o ministro de Bem Estar Social da Turquia e o vice-ministro de Relações Exteriores do Egito. Membros do Banco Mundial, de outras agências da ONU e de ONGs internacionais também estiveram presentes.
O conflito na Síria, que começou em março de 2011, já produziu uma das mais dramáticas situações de deslocamento forçado dos últimos anos. Atualmente, estima-se que 4,25 milhões de pessoas estão deslocadas dentro do país, sendo que cerca de 2,1 milhões de refugiados já foram registrados nos países da região.