“Precisamos olhar para as necessidades das pessoas agora”, diz bipo que integra a Comissão Católica Internacional para as Migrações
Da redação, com Rádio Vaticano
A Comissão Católica Internacional para as Migrações (ICMC, sigla em inglês), com sede em Genebra, vem prestando auxílio à minoria muçulmana rohingya em Mianmar. Milhares desses muçulmanos fugiram por meio do rio Naf até Bangladesh ― numa ação que os militares norte-americanos classificaram como “limpeza étnica”. O ato, porém, é negado pelo governo de Mianmar.
Dom Robert Vitillo é o secretário-geral da ICMC em Genebra. No auge da crise, o ele disse que a entidade que dirige fez diversas doações para aqueles que fugiam desses atos de violência. A ICMC, porém, tem ajudado este grupo minoritário há muito tempo antes da atual crise.
A história de Dom Vitillo e os refugiados rohingya remonta à Malásia, onde a organização mantinha um programa especial para ajudar a milhares de mulheres vítimas de abuso sexual e de gênero, ajudando-os com aluguel e despesas diárias, além de fornecer terapia para quem fora abusado. A ICMS também os ajudava a conseguir emprego e encorajava os refugiados a iniciar uma linha de ajuda e programas de educação, já que a maioria das crianças não podia ingressar nas escolas.
“Precisamos olhar para as necessidades das pessoas agora”, disse o bispo. “Devemos procurar soluções mais duráveis e a abertura de mais oportunidades de reassentamento, mas isso é difícil, pois os países continuam fechando suas portas”, reiterou.
O Papa Francisco fará uma viagem à Ásia neste fim de semana. Francisco desembarca em Mianmar no domingo, 26, e, na próxima quinta-feira, 30, seguirá para Bangladesh.