A Comissão, constituída por Bento XVI para estudar a vida da Igreja Católica na China, reúne-se por dois dias, a partir de hoje, no Vaticano.
A Comissão, constituída em 2007, é composta pelos superiores dos organismos da Cúria Romana, encarregados pelas relações com a China e alguns representantes do Episcopado chinês e de congregações religiosas.
Segundo um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, serão examinados alguns aspectos da vida da Igreja na China à luz da Carta que Bento XVI enviou a todos os católicos chineses em 27 de maio de 2007.
A primeira reunião deu-se em março de 2008 e se centrou exclusivamente sobre a Carta do Papa. Durante os trabalhos foram analisados o acolhimento dado à Carta, tanto na China como em nível internacional, e os princípios teológicos, em vista das perspectivas da comunidade católica na China, a partir do documento do papa.
O Vaticano espera que a China respeite a liberdade de culto e de religião no país, cuja ausência afeta mais de 8 milhões de católicos que vivem a sua fé na clandestinidade.
Para o restabelecimento de relações diplomáticas, a China exige que o Vaticano deixe de reconhecer Taiwan como país independente e que aceite também a nomeação dos bispos chineses por parte da Associação Patriótica Católica (APC), controlada pelo Estado.
Embora o Partido Comunista Chinês se declare oficialmente ateu, a Constituição chinesa permite a existência de cinco Igrejas oficiais (Associações Patrióticas), entre as quais a Católica, com 5,2 milhões de fiéis. Segundo fontes do Vaticano, a Igreja Católica "clandestina", ligada ao Papa e fora do controlo de Pequim, conta mais de 8 milhões de fiéis.
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