Uma campanha de desobediência civil contra o governo deixou as ruas de Cartum desertas neste domingo, 9
Da redação, com Reuters
Uma campanha de desobediência civil a fim de pressionar as autoridades deixou as ruas da capital do Sudão, Cartaum, vazias neste domingo, 9. A oposição e grupos de protestos pediram que os trabalhadores ficassem em casa após as forças de segurança reprimirem de maneira violenta um protesto na segunda-feira passada, 3.
O protesto deixou dúzias de mortos e acabou com as esperanças daqueles que esperavam por uma transição pacífica desde a saída, em abril, do ex-presidente Omar al-Bashir.
Manifestantes tentavam colocar barricadas nas estradas da capital, uma maneira de manter o protesto ativo.
No domingo, 9, pela manhã, início de uma semana de trabalho no Sudão, poucos pedestres e veículos podiam ser vistos pelas ruas. O transporte público mal funcionou e a maior parte dos bancos, companhias privadas e mercados estiveram fechados. Alguns bancos estatais e escritórios públicos, porém, permaneceram funcionando normalmente.
O ataque ocorreu depois de semanas de disputas entre o conselho militar que substituiu Bashir e a aliança da Declaração de Liberdade e Mudança (FDFC, na sigla em inglês), sobre quem deveria controlar uma transição que levaria às eleições.
O governo anunciou que o número mortos da semana passada estava em 61, incluindo três membros dos serviços de segurança.
O Papa Francisco, durante o Regina Coeli deste domingo, 9, rezou e pediu preces pela paz no Sudão.