Igreja em saída

Com o apoio do Papa, Caritas lançará campanha mundial pelos refugiados

A iniciativa será lançada pelo Papa Francisco no próximo dia 27 de setembro e pretende ajudar a olhar para o drama dos refugiados no mundo

Da redação, com Agência Ecclesia

A confederação internacional da Cáritas lançará uma campanha em todo o mundo em defesa dos migrantes e refugiados, com o apoio do Papa Francisco, e com a duração de dois anos.

“Através da cultura do encontro encontraremos o caminho para a paz”, escreve o presidente da ‘Caritas Internationalis’, cardeal Luís António Tagle, na carta dirigida aos organismos caritativos católicos, paroquiais, diocesanos e nacionais em que apresenta a campanha “Partilhe a viagem” (Share the Journey).

A iniciativa será lançada pelo Papa Francisco no próximo dia 27 de setembro e pretende ajudar a olhar para o drama da mobilidade forçada com “olhos novos e coração aberto”.

“Procuremos, por meio do conhecimento, dissipar o medo das pessoas e ajudá-las a entender porque muitas pessoas estão abandonando as suas casas nesta conjuntura histórica”, escreve o cardeal filipino.

O presidente da Cáritas Internacional convida para os membros das suas 165 organizações a “unir os braços e os corações, a fim de formar uma corrente humana de amor e misericórdia”. Para ele, é necessário “recuperar a profunda visão bíblica da hospitalidade”.

“Acolhemos Cristo quando abrimos os corações aos migrantes e refugiados”, conclui o cardeal Tagle

Contabilizando

O número de refugiados e deslocados no mundo atingiu 65,6 milhões de pessoas no ano passado, um crescimento de 300 mil na comparação com 2015, segundo o Relatório Global Sobre Deslocamento Forçado em 2016, divulgado pelo Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur), em julho passado.

Desse total, 10,3 milhões foram forçadas a deixarem seus lares pela primeira vez (15,7%) e metade são crianças. Crianças que viajavam sozinhas ou separadas de seus pais pediram cerca 75 mil solicitações de refúgio só no ano passado.

A guerra na Síria, que já dura 6 anos, é a causa do maior fluxo de refugiados do planeta. São 5,5 milhões de pessoas que deixaram o país em busca de um local mais seguro, segundo o relatório do Alto Comissariado da ONU para Refugiados.

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