O representante das Nações Unidas no país africano alertou para a grande crise humanitária vivida pela população em meio aos conflitos
Da Redação, com Nações Unidas no Brasil
O coordenador humanitário das Nações Unidas no Sudão do Sul, Toby Lanzer, informou que cerca de 50 mil crianças sul-sudanesas poderão morrer e milhares de sobreviventes de estupro ficarão sem apoio psicossocial este ano. Segundo o coordenador, o motivo será a falta de dinheiro para socorrer as vítimas dos conflitos do país africano.
Em declaração feita, neste fim de semana, Toby Lanzer afirmou que será necessário cerca de 1 bilhão de dólares para continuar o trabalho no país. “Agora que a estação da chuva começou, as condições no Sudão do Sul estão se deteriorando dia após dia. As pessoas estão, literalmente, vivendo na lama”, disse o coordenador.
Segundo Lanzer, com o crescimento da cólera e a prevalência da malária e da desnutrição, milhões de pessoas necessitam, até o fim do ano, de serviços emergenciais de saúde, comida, saneamento e abrigo para sobreviver.
O Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) lançou o Plano de Resposta à Crise no Sudão do Sul, estimado em 1,8 bilhão de dólares – dos quais 740 milhões já foram arrecadados – e que atenderá 3,8 milhões de pessoas afetadas pela fome, violência e enfermidades até o fim de 2014.
Lanzer afirma que os três principais objetivos do Plano são: salvar vidas, prevenir a crise de fome e reverter a perda de uma geração inteira de crianças e jovens por este conflito.
“Organizações assistenciais ajudaram 1,9 milhão de pessoas até o momento. Com os recursos suficientes, poderemos fazer muito mais”, acrescentou o representante da ONU.