Porta-voz do Vaticano prestou esclarecimento sobre carta recebida pelo Papa bem como sobre o pedido de perdão do Santo Padre hoje na catequese
Da Redação, com Rádio Vaticano
O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, frisou em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 14, que a recente carta endereçada ao Papa Francisco por um grupo de cardeais não causou nenhum impacto nos trabalhos do Sínodo sobre a Família.
O mesmo parecer foi expresso pelo arcebispo de Westminster, Cardeal Vincent Nichols, presidente da Conferência Episcopal da Inglaterra e Galles, que disse que a carta não teve nenhuma ênfase no andamento dos trabalhos do Sínodo.
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Padre Lombardi aproveitou o momento com os jornalistas para esclarecer o pedido de perdão do Papa Francisco na catequese desta quarta-feira. O porta-voz vaticano explicou que Francisco fez referência a Roma, mas “não ao prefeito especificamente”, porque questões relacionadas ao prefeito são “de caráter político e não eclesial”.
“O Papa se deu conta de que existem pessoas que vêm às audiências e às vezes ficam chocadas ou ofendidas com as notícias que se leem. Nesse sentido, como há uma responsabilidade da Igreja ou de homens da Igreja, o Papa pede perdão pelos exemplos negativos ou coisas que incomodam”.
Andamento do Sínodo
Na coletiva, foi feito um confronto entre os sínodos anteriores e o que está em andamento. Cardeal Nichols ficou surpreso com a correlação entre os Círculos Menores e as sessões plenárias, caracterizada por uma maior criatividade e energia.
O arcebispo de Westminster observou que, no documento final do Sínodo Extraordinário, foram inseridas as contribuições que chegaram das consultas realizadas entre a assembleia do ano passado e a atual. “Esta combinação levou muitos grupos hoje a dizer que o Instrumento de Trabalho, nesta segunda parte, precisa de uma restruturação, de um impulso, de um tema teológico mais forte para guiar todos nós.”
Também participaram da coletiva de hoje o presidente do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM), Cardeal Rúben Salazar Gómez, e o arcebispo de Uagadugu, Burkina Faso, Cardeal Philippe Ouédraogo.
O Presidente do CELAM recordou que, nos dois Sínodos dos quais ele participou, depois da apresentação do Instrumento de Trabalho, nos Círculos Menores se trabalhavam as propostas sobre o documento a ser apresentado ao Santo Padre. “Neste momento, não sabemos se o documento sobre o qual estamos trabalhando será publicado diretamente ou se servirá ao pontífice para uma nova Exortação apostólica”.
“O compromisso é olhar para o futuro para responder a todas as dúvidas e esperanças de hoje. Está sendo feito um esforço enorme para ouvir as vozes das famílias e pessoas, em particular daquelas que vivem momentos difíceis e que precisam de uma ajuda particular”, disse ainda o arcebispo de Bogotá. Ele confirmou que, entre as propostas feitas, está a ideia de Assembleias continentais que precedem os sínodos.
O cardeal sublinhou também que o Sínodo busca entender melhor o projeto de Deus para o homem, a mulher, o matrimônio e a família. “Não vimos para nos casar com os valores ou os não valores culturais dos outros, mas para juntos contemplar Cristo e, no Evangelho, procurar entender quais são os desafios que o mundo atual apresenta hoje para a Criação e a família”.
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