Cáritas Internacional irá realizar durante todo o ano de 2016 uma campanha mundial pela paz na Síria
Da redação, com Rádio Vaticano
No início de 2016, a Cáritas Internacional lançará uma campanha global, a ser realizada durante todo o ano, pela paz na Síria.
A finalidade da campanha é mobilizar milhões de pessoas em todo o mundo para pressionar pelo fim da guerra que começou há cinco anos e destruiu o país, desestabilizou a região e causou uma das maiores crises de refugiados da era moderna.
A Cáritas tem sido testemunha de anos de destruição na Síria, que o Papa Francisco assim expressava já em 1º de setembro de 2013: “Quanto sofrimento, quanta destruição, quanta dor causou e está causando o uso das armas naquele país atormentado, especialmente entre a população civil e indefesa!”.
Paz, não só pão
Em sua mensagem de Ano Novo, o Presidente da Cáritas Síria e Bispo de Aleppo, Dom Antoine Audo, exorta: “Não queremos pão, queremos paz! Sim, a paz como condição para a vida”.
Quanto à situação no país, o Bispo de Aleppo afirma: “Os líderes mundiais devem reconhecer que não pode haver uma solução militar para a Síria, mas que esta solução tem de vir do âmbito político. A comunidade internacional deve cessar de fornecer armamento aos grupos armados no país, com o pretexto de dotar a oposição moderada”.
“Seja a guerra, seja a paz na Síria se encontram sem dúvida nas mãos das grandes potências. Em cinco anos, a Síria passou de um belo e autossuficiente país, rico de recursos humanos, a ser um local em que a população se tornou escrava das potências mundiais. A Síria foi destruída, manchada e despojada de sua beleza. Agora somos un país pobre”, denuncia.
Campanha global
Em sua campanha global, a Cáritas Internacional defende que a comunidade respalde as negociações que envolvam todas as partes da região, sem estabelecer condições prévias, e com um cessar-fogo imediato.
“A paz deve surgir da própria região e não ser imposta de fora”, assim pede a entidade, que em comunicado acrescenta: “Enquanto recebemos os refugiados com o respeito e a dignidade que merecem, devemos trabalhar por um país ao qual esses mesmos refugiados possam regressar um dia.”