Passado um mês do terremoto que matou mais de 8 mil pessoas, população ainda sofre com tremores e cenário de destruição
Da Redação, com Rádio Vaticano
A terra ainda treme no Nepal. Passado um mês do terremoto de quase 8 graus que em 25 de abril matou mais de 8 mil pessoas e deixou quase 17 mil feridas, a população ainda sofre com novos tremores e o governo pede para que a situação não seja esquecida. A preocupação agora é, sobretudo, com os desalojados, pois há risco de deslizamento de terra em muitos lugares e as pessoas estão se arriscando, tentando encontrar um lugar seguro para montar suas tendas.
O processo de reconstrução terá início após o término das obras de assistência aos sobreviventes. Dois milhões de dólares é o que se considera necessário para intervenção em Kathmandu. Está prevista, para junho, uma conferência internacional dos países doadores a fim de recolher o necessário para reconstrução de casas, escolas e hospitais.
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O diretor da Caritas no Nepal, padre Pius Perumana, relata que a situação continua crítica no país. Em muitas vilas não existem estradas, não há acessos para as zonas rurais e as vilas que estão nas montanhas.
“Não apenas a Caritas, também o governo e outras agências estão se movimentando, mas a situação é muito ampla e ninguém estava preparado. Agora o problema é a logística, temos um aeroporto pequeno e não é possível levar muitas coisas. As ajudas devem chegar por terra e portanto, da Índia ou da China”.
O sacerdote explicou que a reconstrução será um longo processo que durará ao menos três anos e que precisará de muita ajuda para ser executado.
“No momento fazemos o que é possível. Mas para a reconstrução precisamos de muita ajuda! Outro dia, falei com o primeiro-ministro, ele também dizia que o país precisa de ajuda para reconstrução (…) Também as escolas foram destruídas e existe o problema de retornar às aulas. As crianças não possuem livros, nada, somente as roupas que vestem. Retornar às escolas, isso é um problema grave de imediato. No apelo que faço, digo que necessitamos de ajuda financeira depois de setembro, quando recomeçará a reconstrução”.