Secretário de Estado parte para Congo e Sudão do Sul para enviar a proximidade do Papa, que precisou adiar a visita por questões de saúde
Da Redação, com Vatican News
Foto: CNA Images
O Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, viaja nesta sexta-feira, 1º, para Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, representando a primeira etapa da viagem que inclui também estadia no Sudão do Sul. Enviado pelo Papa Francisco em sinal de proximidade às populações – já que a viagem do Santo Padre precisou ser adiada – o cardeal mostra-se contente por essa realização.
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“É uma viagem importante, sinto-me verdadeiramente honrado por poder ir tanto à República Democrática do Congo como ao Sudão do Sul e levar o carinho do Papa a essas populações, juntamente com a garantia de que, assim que as condições o permitirem, especialmente do ponto de vista da saúde, ele mesmo fará essa jornada”.
O encorajamento na fé
O Papa prometeu a essas populações que os encontrará pessoalmente para “encorajá-los a avançar em sua fé e testemunho cristão”, disse Parolin. As declarações foram à mídia vaticana, que o acompanha nesta viagem não diplomática, apesar das reuniões com as autoridades, tratando-se um encontro pastoral.
“O objetivo principal é presidir duas Missas que serão celebradas respectivamente no dia 3 de julho em Kinshasa e no dia 7 de julho em Juba. Em torno desta atividade principal, os núncios organizaram outros encontros aproveitando a presença do Secretário de Estado no local”. Entre elas, estão previstas no programa para o Sudão do Sul duas nomeações significativas no campo de deslocados em Bentiu e um centro para crianças deficientes em Usratuna.
“Vamos mostrar a solidariedade do Papa com essas pessoas que vivem em péssimas condições, eles me disseram que o campo está inundado há muito tempo … Existem várias atividades que dizem respeito a inúmeras categorias de pessoas, mas sempre com isso em mente: traga-lhes a presença, o carinho, a bênção do Papa”, sublinha o secretário de Estado.
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O cardeal também relata as palavras compartilhadas com o Papa Francisco antes de sua partida. “Ele me disse que estava muito feliz por haver essa possibilidade de eu ir representá-lo, sabendo que da população, após a primeira decepção com o anúncio de sua impossibilidade de viajar, uma grande expectativa tomou conta e houve orações intensas pela sua saúde”. O cardeal acrescentou que o Papa o confirmou como portador de seu afeto, de sua mensagem e de seu desejo de ir pessoalmente como havia planejado inicialmente.
Programação
O programa da visita foi divulgado hoje pela Secretaria de Estado através da conta do Twitter @TerzaLoggia. O cardeal se reunirá com o primeiro-ministro congolês, Jean-Michel Sama Lukande neste sábado, 2, e participará da assinatura dos acordos específicos da Conferência Episcopal Nacional do Congo com o governo. Está também agendada uma reunião com o Presidente da República, Félix Tshisekedi.
No dia 3 de julho, o cardeal celebrará a missa em frente ao edifício do Parlamento, no mesmo local onde foi planejada a celebração do Papa, e depois se encontrará com as congregações religiosas locais.
Em 4 de julho, está prevista a mudança para Juba, no Sudão do Sul. Na capital, Parolin terá uma entrevista com o Presidente da República, Salva Kiir Mayardit, e com o primeiro vice-presidente, Riek Machar. Também está prevista uma reunião com os bispos do país.
No dia 5 de julho, o secretário de Estado se deslocará para os que vivem às margens da cidade, no campo de Bentiu, para os quais celebrará uma missa. A reunião será então realizada com representantes da ONU e o governador.
Em 7 de julho, Parolin celebrará a missa no John Garang Mausoleum Park. Ele também abençoará a pedra fundamental da nova Nunciatura em Juba e se encontrará com clérigos e religiosos. No final da viagem, visitará a Universidade Católica e a já referida visita ao Centro de Crianças Deficientes de Usratuna. No dia 8, à tarde, haverá o regresso à Itália, marcado para 9 de julho.
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