Enviado do Papa à Jordânia, Cardeal Sandri retorna do país após semear esperança para refugiados
Da Redação, com Rádio Vaticano
O prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, levou a saudação e o encorajamento do Papa às comunidades cristãs e aos refugiados sírios e iraquianos que se encontram na Jordânia.
Dom Sandri retornou ontem, 17, da Jordânia, onde participou, como enviado especial do Pontífice, das cerimônias de reabertura do Santuário-Memorial de Moisés, localizado no Monte Nebo.
“Tive a oportunidade de saudar grupos de refugiados, sobretudo iraquianos, e lhes transmiti o encorajamento e a bênção do Papa, dizendo-lhes que devem sentir que o Papa e toda a Igreja está com eles, que jamais devem perder a esperança na ajuda de Deus e na força que Senhor lhes dá para poder construir um futuro”.
Leia também
.: Papa recebe líderes de organismos católicos de caridade da Síria e Iraque
.: Cor Unum: 5ª reunião sobre a crise humanitária na Síria e Iraque
.: AIS recolhe donativos para cristãos refugiados no Iraque
Francisco sempre reitera seu apelo pela região do Oriente Médio, assolada por conflitos e perseguições étnico-religiosas. Cardeal Sandri informou que, nesses dias na Jordânia, pôde confirmar o desejo de paz e a esperança de que na “terra prometida” haja solidariedade e respeito pela dignidade do homem e da mulher. “É uma nova terra prometida a ser construída, apesar de todas as dificuldades do mundo de hoje”.
Nesta segunda-feira, 17, o governo iraquiano, com apoio dos Estados Unidos, iniciou uma ofensiva para expulsar o Estado Islâmico da cidade de Mosul. O cardeal também comentou como os cristãos, sobretudo sírios e iraquianos, receberam essa notícia.
“Esta notícia traz a todos um suspiro de esperança. Certamente, porém, uma esperança que será provavelmente dolorosa, porque trará outras vítimas e, sobretudo, o que tememos é que possa ter inocentes ‘usados’ nestas circunstâncias como ‘escudos’ contra os inimigos. Portanto, esperamos que essa ofensiva seja levada adiante com o menor dano possível para as pessoas, para as crianças, sobretudo, e para todos aqueles que ainda sofrem tanto”.