“O sacrifício de Cristo” e “O papel do Espírito Santo no Mistério pascal” foram os temas das meditações propostas esta manhã pelo Cardeal Albert Vanhoye, no quinto dia dos exercícios espirituais para a Quaresma, no Vaticano, na presença do papa e da Cúria Romana.
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O purpurado, na tarde de ontem, deteve-se, ao tema de "Cristo mediador da Nova Aliança na Última Ceia". Os exercícios, iniciados domingo passado na Capela Redemptoris Mater da residência apostólica, se concluirão neste sábado, 16.
“Se na linguagem corrente a palavra sacrifício assume um valor, sobretudo negativo, no sentido religioso tem, ao invés, um significado muito positivo”, observou o purpurado conforme a Carta aos Hebreus.
"De fato, sacrificar não significa privar, significa tornar sagrado, como santificar significa tornar santo, simplificar significa tornar simples. Portanto, o sacrifício é um ato muito positivo e fecundo que valoriza imensamente uma oferta”, afirmou. Assim, o sacrifício de Cristo compreende todo o Mistério pascal, ou seja, a morte e a glorificação: "Sem a glorificação seria incompleto, não teria fundado a Nova Aliança porque Cristo não teria alcançado Deus e não teria feito a ligação entre a nossa miséria e a santidade de Deus".
Em seguida, o purpurado francês recordou que no Antigo Testamento a finalidade do sacrifício era mudar a disposição de Deus, obter os Seus favores, em troca dos dons oferecidos. Diversamente se dá no sacrifício cristão.
Na segunda meditação, o Cardeal Vanhoye aprofundou o papel do Espírito Santo na oblação de Cristo, que abre o caminho rumo a Deus: "Jesus foi vítima digna e sacerdote capaz. Vítima digna porque tinha uma perfeita integridade moral e religiosa, era sem mancha, como disse o autor, era santo, inocente, era o imaculado. Foi sacerdote capaz na medida em que era cheio do Espírito Santo”.
Na meditação de ontem à tarde, o pregador dos exercícios espirituais falou de "Cristo mediador da Nova Aliança na Última Ceia". Jesus já sabia que seria traído, renegado, morto, antecipa esses eventos de morte e os transforma numa vitória de amor.
"Quando celebramos a Eucaristia e comungamos, recebemos em nós este intenso dinamismo de amor, capaz de transformar todos os ventos por ocasião da vitória do amor”, concluiu.