Cardeal Braz de Aviz explica como os casais de segunda união podem estabelecer comunhão com Cristo
Da redação, com Rádio Vaticano
A participação dos casais de segunda união na vida da Igreja, especialmente nos sacramentos como o da Eucaristia e Confissão, é um dos assuntos do Sínodo que mais tem despertado o interesse dos fiéis. Apesar de não ser principal a pauta do encontro dos bispos, a Igreja tem se debruçado constantemente sobre o assunto.
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O Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, cardeal João Braz de Aviz lembrou nesta quinta-feira, 15, que a comunhão com Jesus não é só eucarística.
“Nós encontramos nos documentos da Igreja a partir do Concílio, sobretudo, uma colocação em que a presença real de Jesus não é só na Eucaristia. As outras presenças também são reais, segundo uma palavra do Papa Paulo VI na Mysterium Fidei. A presença na Eucaristia, ele diz, é real por antonomásia, isto é, não pode ser diferente. É ‘A’ presença.”, disse o cardeal.
Dom Braz afirma que as outras presenças não são menos reai, por exemplo, na Palavra de Deus. “Jesus é o Filho de Deus, Ele é o verbo feito carne. Então, neste sentido, esta presença da Palavra dá a possibilidade de uma comunhão profunda com Jesus”.
Outra presença que o Concílio fala é a nos sete sacramentos. Depois, a presença de Jesus na comunidade. “O Concílio fala, lembrando Mateus 18,20, onde dois ou três estão reunidos em meu nome, eu estou no meio deles. Esta presença de Jesus é uma presença na comunidade. Ele não põe condições para esta presença: se são casados ou não, basta dois ou três que se reúnem no nome de Jesus. Esta é uma presença muito grande e a ser construída”.
Por último, Dom João explica a comunhão com Cristo por meio dos irmãos e recorda o trecho bíblico onde Jesus diz: “Tudo o que fizerem ao menor dos irmãos, vocês o fazem a Mim” (cf. Mt 25,40). “Cada pessoa para mim é Jesus que eu posso amar. E isso põe em comunhão com Jesus de modo real. Há uma presença da Santíssima Trindade dentro de nós, porque pelo batismo recebemos esta presença.”