Em comunicado, bispos condenam crucifixão de cristão por extremistas islâmicos e intolerância religiosa no Oriente Médio
Da Redação, com Agência Ecclesia
A presidência do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) manifestou, nesta segunda-feira, 30, a sua indignação pela crucifixão de cristãos, ocorridas nos últimos meses, no centro de Deir Hafer, na Síria.
“Estes atos que usam a religião para justificar atos de justiça sumária são contra qualquer tentativa de pacificar o país já abalado por anos de guerra fratricida”, refere o comunicado.
Assinado pela presidência da conferência, os cardeais Péter Erdő e Angelo Bagnasco, o comunicado condena os atos de violência contra os cristãos que precederam a proclamação do califado islâmico , orgão de controle, nos territórios sírios e iraquianos sob controle do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS).
Os jihadistas do ISIS anunciaram neste domingo, 29, a criação de um “califado islâmico”, uma espécie de governo local, nas regiões conquistadas pelos combatentes na Síria e no Iraque.
O Papa Francisco também, recordou nesta manhã, no Vaticano, os “mártires” do Oriente Médio, que “dão a sua vida pela fé”. Francisco voltou a sublinhar que há hoje mais cristãos perseguidos do que no tempo do Império Romano.
No último dia 2 de maio, o Papa afirmou ter chorado ao saber que alguns cristãos tinham sido crucificados, embora sem fazer qualquer referência direta à Síria.