Discriminação religiosa

Bispos do Paquistão enviam mensagem de conforto aos fiéis

Os cristãos no Paquistão vivem a Quaresma "com fé, na oração, partilha e amor, tentando preparar a Páscoa da melhor maneira possível, no nível espiritual, litúrgico e pastoral". É o que afirma a Carta Pastoral dos Bispos paquistaneses que foi lida, neste domingo, 3, em todas as igrejas católicas do país. 

A carta, assinada pelo Bispo de Faisalabad, Dom Joseph Coutts, recém-eleito presidente da Conferência Episcopal do Paquistão, foi intitulada "Não tenha medo, pequeno rebanho", citando o Evangelho de Lucas (Lc 12, 32). Na carta, os bispos dizem querer "despertar a coragem e a fé inabalável em Jesus Cristo”, reconhecendo, como pastores, que a atual situação tem causado nos fiéis "sentimentos de medo, incerteza e insegurança".

O texto recorda o assassinato do ministro Shahbaz Bhatti, o assassinato de dois cristãos, em Hyderabad e outros episódios recentes de intolerância. Nesta situação, que gerou ansiedade e desconforto, os bispos afirmam: "Lembramos a todos de ouvir a voz de nosso Senhor Jesus Cristo, que diz: tenham coragem… não tenham medo”.

À luz dos ensinamentos do Magistério da Igreja, os bispos também exortoram os fiéis a promover nas famílias os valores espirituais do jejum, da oração e da doação, dizendo: “Ajudados pela graça do Espírito Santo, nós relatamos a firmeza da fé em nossa vida diária”, mesmo diante das tribulações. E, pensando na iminente celebração da Páscoa, celebraremos juntos com a Igreja universal a grande festa da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos ajuda a sair da escuridão, do medo e do desespero e nos dá a força para "um corajoso testemunho cristão".

Por fim, ressalta o documento, é hora de "fortalecer o discipulado", recordando as dificuldades e perseguições das primeiras comunidades cristãs. Como os primeiros apóstolos, que obtiveram o dom do Espírito Santo, "nós também com coragem e fé devemos construir a cultura da paz, do amor e da tolerância, de modo que a luz e a cura da Boa Nova chegue a todos os seres humanos, para promover as relações, a compreensão e o respeito entre os povos de diferentes religiões, e não o ódio e o fundamentalismo".

A carta conclui com um convite à oração pela unidade dos cristãos, a fim de difundir a luz e a força do Evangelho no Paquistão.

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