Portugal

Bispos divulgam perguntas e respostas sobre legalização da eutanásia

Intuito é promover uma reflexão sobre o “direito” de morrer e as consequências da legalização da eutanásia

Da redação, com Agência Ecclesia

eutanasiaA Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) divulgou nesta segunda-feira, 14, um conjunto de 26 questões sobre temas ligados à eutanásia e ao fim da vida, em que questionam o “absurdo” de um “direito” a morrer.

O debate voltou à tona em fevereiro desde ano, após a ascensão de uma coligação de esquerda ao governo português.

Os bispos afirmam que “é absurdo falar em ‘direito à morte’, como seria absurdo falar em ‘direito à doença’, porque o direito tem sempre por objeto um bem (à vida, à saúde, à liberdade) na perspectiva da realização humana pessoal, e a morte não é nunca, em si mesma, um bem, pois todos os bens terrenos pressupõem a vida, e nunca a morte”, refere o documento.

O texto propõe uma distinção de conceitos, a começar pela definição de eutanásia e suicídio assistido, distanásia, e aprofunda ainda a questão do “direito” de morrer, as consequências sociais da legalização da eutanásia, bem como para a medicina e a relação médico-paciente.

Nota

As questões foram divulgadas em conjunto com uma nota do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), rejeitando soluções que coloquem em causa a “inviolabilidade” da vida.

A nota pastoral, intitulada ‘Eutanásia: o que está em causa? Contributos para um diálogo sereno e humanizador’ começa por recordar o debate em curso na Assembleia da República e na sociedade sobre estas matérias.  

Os bispos criticam a “atitude simplista e anti-humana” de quem embarca em soluções tidas como “fáceis”, sublinhando que “não se elimina o sofrimento com a morte: com a morte elimina-se a vida da pessoa que sofre”.

“Pode afirmar-se que a eutanásia é uma forma fácil e ilusória de encarar o sofrimento, o qual só se enfrenta verdadeiramente através da medicina paliativa e do amor concreto para com quem sofre”, sustentam.

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