A Conferência dos Bispos Católicos das Filipinas promove uma campanha de arrecadação de assinaturas contra o projeto de lei que pretende legalizar o aborto e o uso de anticoncepcionais artificiais no país. Os bispos apresentarão aos legisladores um documento de protesto contra este projeto.
"Os métodos contraceptivos, oferecidos como um elemento de maior segurança para as mulheres, são usados com freqüência como instrumentos de violação da dignidade da pessoa, e se usam abundantemente no comércio sexual", afirma o documento.
Pesquisas da Pro-life Philippines Foundation e da National Statistics Office apontam que "a taxa de fertilidade da mulher não tem relação direta com o nível de riqueza da nação" e que "os filipinos que vivem abaixo do limiar da pobreza aumentaram 2,6% entre 2003 e 2005, enquanto no mesmo período a taxa de fertilidade se reduziu 0,3%". A responsável da Pro-life Philippines Foundation, Marta F. Weasan, afirma que o menor aumento da população não incide, de fato, na melhora das condições de vida.
Estes dados comprovam que uma campanha de controle da população com métodos artificiais, como a lei prevê, não se justifica.
Um ano de polêmica
Essa discussão ocorre desde o último ano. Os bispos já haviams e manifestado por meio de uma carta que já advertia: "Os métodos anticoncepcionais e abortivos não são maus porque a Igreja os proíbe, mas a Igreja os proíbe porque destroem a capacidade de procriação dada ao homem por seu Criador".
Em 15 de julho passado, os bispos anunciaram a excomunhão dos políticos que apóiam o texto do projeto de lei do aborto. No dia 25 do mesmo mês, os bispos convocaram manifestações em defesa da vida em todo o país.
Está previsto, para 8 de setembro, o lançamento de um DVD educativo com o título "Os ataques subliminares à família", que será distribuído em escolas, paróquias, missões e outras organizações eclesiais.