Declaração

Bispos da Bolívia: “Não à violência, uma solução constitucional e pacífica"

Depois da renúncia do Presidente Evo Morales, bispos da Bolívia reuniram-se para um diálogo sobre a situação que atravessa o país

Da redação, com Vatican News

Conflito entre opositores e apoiadores do ex-presidente da Bolívia, Evo Morales / Foto: Carlos Garcia Rawlins – Reuters

“Em nome de Deus pedimos: cessem as ações de violência e preservem a vida e a paz. Mantenhamos o espírito pacífico que reinou no povo durante tanto tempo”, é o apelo dos Bispos da Conferência Episcopal da Bolívia, reunidos em um diálogo construtivo sobre a situação que atravessa o país, com os Representantes da Comunidade Cidadania, dos comitês cívicos do país e do Comitê Nacional de Defesa da Democracia (CONADE).

Na Declaração, os Bispos bolivianos afirmaram: “O que acontece na Bolívia não é um golpe de Estado, dizemos isso diante dos cidadãos bolivianos e diante da comunidade internacional”. Por isso, os Pastores fazem um apelo aos bolivianos em prol da paz e para que não cometam atos vandálicos, nem de vingança, nem de nada que possam se arrepender mais tarde.

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“Todos nós temos – esclarecem os bispos – a grave obrigação de defender a vida de todos os bolivianos. Em nome de Deus repetimos: cessem as ações de violência e preservem a vida e a paz. Mantenhamos o espírito pacífico que reinou no povo durante tanto tempo”.

Além disso, os membros da Conferência Episcopal da Bolívia diante das várias situações de violência que vive o país, e que se agravaram sobretudo nos últimos dias, fizeram um apelo à Polícia Nacional e às Forças Armadas da nação: ” Cumpram com urgência seu papel constitucional de defesa da propriedade e das pessoas, preservando a vida e a liberdade de todos”.

Por fim, os bispos bolivianos pediram a toda a população que busquem uma solução constitucional e pacífica que leve a novas eleições, de forma que todo o povo possa expressar sua opinião com liberdade e paz: “Estamos todos de acordo em propor à Assembleia Nacional da Bolívia uma solução constitucional e pacífica para termos em breve um presidente constitucional”.

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