Após o encontro entre os líderes dos EUA e da Coreia do Norte, a Conferência dos Bispos da Coreia espera que países entrem em acordo
Da redação, com Vatican News
A Conferência dos Bispos da Coreia, à esteira do histórico encontro entre os líderes dos Estados Unidos e da Coreia do Norte no domingo, 30, publicou uma mensagem na qual expressa esperança por uma unidade nacional.
“Que 2020, ano que marca o 70º aniversário do início da Guerra Coreana, seja o início de uma nova era com paz e união”, disseram os bispos no comunicado da conferência coreana. “Que este seja o ano em que a tragédia da divisão nacional seja superada com uma declaração com o fim da Guerra da Coreia e com um tratado de paz para a península coreana”, reiteraram.
Um marco à paz
O comunicado, assinado pelo arcebispo Hyginus Kim Hee-joong, disse que o encontro entre Donald Trump e Kim Jong-un em 30 de junho foi realizado em Panmunjeom uma cidade que, segundo o religioso, “é símbolo da divisão da península coreana”. “Este encontro representa um marco histórico para a paz na Ásia”, acrescentou.
A guerra que dividiu a península teve seu fim decretado em 27 de julho de 1953, mas com uma trégua e não um tratado de paz. Tecnicamente, os dois países vizinhos ainda estão em guerra.
Apoio internacional
Dom Hyginus Kim afirmou que a igreja católica na Coreia apela para que os diálogos pela paz e os encontros continuem. O religioso espera ainda pelo apoio e encorajamento da comunidade internacional. “O dia da reconciliação e da união dos coreanos virá em breve”, exaltou o arcebispo.
No dia 30 de junho, o Papa Francisco expressou esperança pelo encontro entre o líder estadunidense e o norte-coreano. Após o Angelus, o Santo Padre fez a seguinte declaração: “Nestas últimas horas, vimos na Coreia um bom exemplo da cultura do encontro”.