Conferência Episcopal pede orações e o comprometimento de toda a população para restaurar a paz em todo o país
Da Redação, com Agência Fides
A conferência Episcopal do Chile pediu, em comunicado, o respeito dos direitos fundamentais da população e diálogo entre as partes envolvidas nos protestos que assolam o país há mais de 15 dias.
“A maior responsabilidade detém aqueles que assumiram posições de liderança na vida política e social. É necessário confiar na boa fé e na capacidade de alcançar acordos “, destaca o comunicado assinado no último sábado, 26.
Este é o segundo comunicado da Conferência Episcopal do Chile desde que o protesto pelo aumento do preço do transporte público se transformou na mais grave crise política e social das últimas décadas da história do país andino.
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“Estamos unidos à dor dos parentes daqueles que perderam a vida e dos muitos feridos, pedimos a todas que participam dos protestos e aos órgãos e autoridades competentes que garantam o respeito pelos direitos fundamentais e o tratamento adequado das vítimas aos detidos. Convidamos aqueles que são chamados a manter ordem e segurança para agir de acordo com os padrões estabelecidos pela lei”, pede a Conferência Episcopal.
Diante da morte de vários manifestantes, os bispos pedem que se “evite mais derramamento de sangue. A unidade nacional nunca se constrói com a morte de compatriotas ou atropela a dignidade das pessoas”.
O comunicado ressalta ainda as iniciativas da população “em ações generosas para ajudar os outros, evitando a violência e contribuindo efetivamente para a construção do bem comum”.
Os bispos pedem orações e o comprometimento de toda a população. “Continuamos a orar e nos comprometer, pessoalmente e como comunidade, a restaurar a paz social em nosso país”.
Os protestos no país tiveram início há 15 dias, após anúncio do aumento da tarifa de transporte público e energia. Houve confrontos entre manifestantes e policiais. Segundo agências locais, cerca de 17 pessoas morreram e mais de seis mil estão presas. Uma missão de direitos humanos da ONU deve visitar o Chile nesta semana para averiguar as denúncias.