A Igreja boliviana fez um apelo às autoridades do país, para que coloquem fim à onda de violência que provocou, nas últimas horas, a morte de quatro pessoas.
O pedido foi feito após reunião da Conferência Episcopal Boliviana, realizada ontem, 11, em Cochabamba. Depois do encontro, os bispos divulgaram um comunicado no qual manifestaram grande preocupação devido aos acontecimentos recentes. "A imensa maioria de bolivianos, diz sim à vida e rechaça o uso da violência", destacou a nota.
A Conferência Episcopal boliviana também pede que as soluções para os problemas sejam decididas de forma pacífica e com base em acordos. Os bispos aproveitaram para convocar os católicos para um dia de orações, pedindo para que o Senhor e Nossa Senhora guiem os passos de todos para o caminho da reconciliação, do bem comum, da dignidade e da liberdade.
Vários episódios de violência foram registrados nos últimos dias em protestos contra o governo do presidente Evo Morales. Entre eles, está um atentado contra um trecho do gasoduto Brasil-Bolívia, que foi atribuído pelo governo a grupos paramilitares da oposição.
Ontem, Morales declarou o embaixador dos Estados Unidos, Philip Golderg, como "persona non grata" no país. Em solidariedade, seu colega Hugo Chávez também expulsou o diplomata norte-americano da Venezuela. Segundo Chávez, Morales deve lutar contra a ofensiva das forças imperialistas que tentam utilizar a extrema direita boliviana para promover um golpe de Estado.
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