Os bispos do Peru encerraram a 94º Assembléia Plenária Extraordinária, onde foi discutido questões sociais do país, em particular, os protestos que depois se transformam em episódios de grave violência.
No evento, os bispos se referiram aos fatos ocorridos, no início do mês de junho, na província de Bagua, região amazônica, onde os conflitos entre indígenas e policiais deixaram mais de 30 vítimas. “Condenamos essa violência e renovamos a nossa solidariedade às vítimas, policiais e civis”, compartilhando a dor das famílias atingidas”, declararam os bispos.
Na presença do presidente da República, Alan Garcia, os bispos lançaram mais uma vez um apelo à reconciliação e ao recíproco entendimento. “As autoridades devem escutar os justos protestos dos cidadãos e os manifestantes devem sempre utilizar somente meios de protesto legítimos e próprios de um estado de direito”,pediram os bispos.
Os bispos peruanos sublinham a importância “do diálogo, do respeito recíproco e da exclusão de todo tipo de violência, que, além de não resolver nenhuma questão provoca conseqüências ainda piores”. O episcopado peruano vê como iniciativa positiva a instituição de uma mesa de diálogo entre o governo e as comunidades étnicas da Amazônica e recordam às autoridades o dever “de participar efetivamente” nesses encontros. A Igreja reafirma o seu compromisso e solidariedade aos indígenas pois a verdadeira paz “é fruto da justiça”.
Concluindo a assembléia, os bispos invocaram a proteção do Cristo dos Milagres e da Virgem Maria a fim de que os peruanos “possam viver como irmãos, procurando juntos o bem de todos, e com particular solicitude por aqueles mais pobres e necessitados”.
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