Dom Joseph Tobji manifestou preocupação com a situação cada vez mais delicada do país
Da redação, com Vatican News
O arcebispo de Alepo dos Maronitas, Dom Joseph Tobji, manifestou preocupação com a situação cada vez mais delicada da Síria. O país, marcado por anos sangrentos de guerra, agora vê seus filhos morrerem não por causa de bombas, mas por causa dos embargos.
“Aqui, a situação está ficando cada vez pior a cada dia. Cerca de 90% da população está vivendo abaixo do nível de pobreza, enquanto o mundo nos esqueceu”, declarou.
Paradoxalmente, explica o arcebispo, em quase todo o país não há mais combates, com exceção das áreas do norte, mas as pessoas continuam a morrer: agora morrem de fome.
Sofrimento também pela guerra na Ucrânia
A guerra na Ucrânia multiplicou o sofrimento, aumentando o número de carentes e famintos. “Toda a população se tornou mendiga”, diz Dom Tobji. A guerra privou ainda mais a chegada de grãos, petróleo e gás. Os sírios tem apenas duas horas por dia de eletricidade, sem diesel para operar os geradores.
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“A corrupção cresce à medida que a pobreza aumenta”, comentou.
Igrejas unidas pela ajuda
O papel da Igreja como sinal de esperança é resumido pelo arcebispo de Alepo dos Maronitas: “Sem a Igreja, as pessoas não poderiam viver”.
O prelado se orgulha de dizer que em Alepo “os seis bispos católicos de diferentes ritos, juntamente com os três bispos ortodoxos, estão trabalhando unidos para levar ajuda material e espiritual. Um caminho, no entanto, que é realmente difícil de continuar”.
Os jovens fogem
Outro problema sério que a Síria enfrenta é o dos jovens que tentam sair do país clandestinamente. “Muitos”, denuncia Dom Tobji, “tentam fugir e isto significa que a nação perde, para cada jovem que foge, é uma família que poderia ter sido gerada”.