Dom Antônio Marto abriu a Porta da Misericórdia no Santuário de Fátima, Portugal
Sandra Dias
De Fátima, Portugal
“Tomé, porque me vistes acreditastes, Felizes os que acreditam sem terem visto” (Jo 20,29). Esta é a inscrição da Porta Santa, que nesta terça-feira, 8, foi aberta no Santuário de Fátima, Portugal, pelo bispo de Leiria-Fátima, Dom Antônio Marto. O gesto marcou o início do Ano da Misericórdia em terras portuguesas; a porta escolhida foi a de São Tomé, já que é a figura deste apóstolo protagonista no evangelho proclamado no Domingo da Misericórdia.
“Precisamos sempre contemplar o mistério da misericórdia. É fonte de alegria, de serenidade e de paz. Há momentos em que somos chamados, de maneira ainda mais intensa, a fixar o olhar na misericórdia, para nos tornarmos nós mesmos sinal eficaz do agir do Pai”, são palavras que o Papa Francisco escreveu na bula de promulgação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, Misericordiae vultus. Com este espírito de confiança, Dom Antô convidou os fiéis a abrir “as portas da justiça”.
Neste dia em que se celebra também a Imaculada Conceição, Dom António Marto recordou na homilia que esta festa é muito querida pelo povo português, contempla-se a Virgem como espelho da misericórdia divina.
A reflexão do bispo propôs três pontos em especial. “Primeiro, a contemplação de Maria como esteiro da Misericórdia Divina; segundo, o Ano Santo da Misericórdia como momento de grande renovação espiritual da Igreja e do mundo: e terceiro, a misericórdia como caminho a percorrer e meta a alcançar”.
Ao longo destes dias, a misericórdia tem sido tema de muitas conversas, mas o bispo de Leiria-Fátima destacou a importância dessa mesma misericórdia ser levada ao cotidiano, em atos e gestos. “Nós vivemos num mundo sofrido, cheio de feridas, na vida pessoal, familiar, social, internacional e ao mesmo tempo um mundo cínico em virtude da globalização da indiferença, do individualismo mais radical que diz ‘que me importa o outro’, da cultura do descartável”.
“A misericórdia de Deus é mais poderosa que o nosso pecado. Não há nenhuma situação irremediavelmente perdida porque o Seu amor não tem limites, Deus ama-nos sempre e para sempre, mesmo quando o desiludimos”, concluiu Dom Antônio.
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