Em encontro com o Papa

Bispo da Síria fala ao Papa sobre dura realidade do seu povo

Arcebispo de Aleppo encontra-se com o Papa no Vaticano e apresenta triste realidade do povo sírio

Da redação, com Rádio Vaticano

Ruínas na cidade de Aleppo, na Síria / Foto: lettera43.it

Ruínas na cidade de Aleppo, na Síria / Foto: lettera43.it

“Em Aleppo a nossa gente está sem comida, sem água, sem luz e vive no medo do que vai acontecer amanhã, sempre olhando para o céu para ver se chovem mísseis”. Esta é a “dura realidade” que se vive na Síria, afirmou Dom Boutros Marayati, Arcebispo de Aleppo para os armênios católicos. O bispo encontrou-se com o Papa Francisco após a Catequese desta quarta-feira, 6, no Vaticano.

Na opinião de Dom Marayati, a única via de “saída praticável é um cessar-fogo imediato” para permitir o início de um diálogo franco entre todas as partes envolvidas na causa, e assim chegar a uma solução pacífica que garanta o bem da população.

No encontro com o Papa, o arcebispo falou sobre “a dor e a esperança dos cristãos sírios”. E apresentou ao Santo Padre, Yaghlji Gemma, mãe de dois filhos, que continua a servir na paróquia e ensinar religião nas escolas, apesar dos bombardeios que atingiram também o seu arcebispado.

Dom Marayati afirma que é precisamente o “corajoso testemunho” de tantos leigos que mantém viva a esperança de uma cidade assediada e que, no momento, não vê perspectivas de paz.

Entretanto, duas italianas que viajaram à Síria no final de julho para trabalhar como voluntárias foram sequestradas há alguns dias em Aleppo. São: Vanessa Marzullo e Greta Ramelli, ambas originárias da região da Lombardia. A notícia foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores da Itália.

“Ativamos imediatamente os nossos canais de informação e de busca para as necessárias investigações. As duas cidadãs estavam em Aleppo para realizar projetos humanitários nos setores, sanitário e hídrico. Nossa unidade de crise já entrou em contato com as famílias, que estão sendo constantemente informadas sobre o desenvolvimento do caso”, diz uma nota da Farnesina, a chancelaria italiana.

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