"Mantenham alta a chama da paz, alimentem-na com gestos cotidianos de caridade e amizade fraterna", recomendou o Papa Bento XVI em sua saudação aos participantes do encontro inter-religioso de Chipre, onde a Comunidade de Santo Egídio e a Igreja Ortodoxa da ilha mediterrânea reuniram 40 líderes religiosos e chefes de Estado.
"O encontro de Chipre é uma forte experiência de comunhão para abrir os olhos à realidade e ao confronto, para conhecer realmente as diferenças e os elementos em comum. Somente através do diálogo é possível integrar-se neste multiforme e poliédrico cosmo lingüístico, neste tesouro precioso que é a criação, confiada à responsabilidade e ao bem de todos", diz a mensagem do Papa.
O Santo Padre fez votos que o encontro pela paz de Chipre ofereça aos participantes a possibilidade de um confronto futuro. A paz é um dom e um dever que deve ser acolhido e guardado, uma semente que deve crescer e amadurecer.
O próximo encontro inter-religioso promovido pela Comunidade de Santo Egídio será em 2009, em Cracóvia, e o programa prevê um gesto significativo: os líderes religiosos farão uma oração no campo de extermínio nazista de Auschwitz.
O anúncio foi feito ontem, 16, em Nicósia pelo Cardeal Stanislaw Dziwisz, que foi secretário pessoal do Papa Wojtyla e hoje é seu sucessor naquela arquidiocese polonesa.
Participando dos trabalhos em andamento em Chipre, para contribuir a derrubar o último muro que divide países europeus, o cardeal convidou os membros das grandes religiões mundiais a retornar à Polônia, 70 anos depois do fim da Guerra e há 20 anos do abatimento da cortina de ferro.
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