Há cem anos, na ilha de Brownsea, na Inglaterra, o Gal. Robert Baden-Powel, organizou o primeiro campo de escoteiros do mundo.
Em vista do aniversário, que será celebrado em 1º de agosto próximo, Bento XVI enviou uma carta ao presidente da Conferência Episcopal da França, Cardeal Jean-Pierre Ricard, em virtude de ter sido nesse país que, logo após a I Guerra Mundial, se desenvolveu o escotismo católico, graças a Pe. Jacques Sevin, fundador dos escoteiros franceses.
"A formação integral da pessoa humana": essa é a oportunidade que, "mediante o jogo, a aventura, o contato com a natureza, a vida de grupo e o serviço aos outros, é oferecida após cem anos a todos aqueles que abraçam o escotismo" _ ressalta o papa.
Fecundado pelo Evangelho _ escreve o pontífice _ "o escotismo não é somente lugar de crescimento real, mas também lugar de uma proposta cristã forte e de um verdadeiro amadurecimento espiritual e moral e também de um autêntico caminho de santidade", porque "o sentido de responsabilidade intrínseco da pedagogia do escotismo conduz a uma vida na caridade e ao desejo de colocar-se a serviço do próximo, à imagem do Cristo servidor".
Em seguida, evocando o apelo feito por João Paulo II dez anos atrás por uma maior unidade do escotismo católico, Bento XVI faz votos de que "as colaborações possam feitas no respeito pela sensibilidade de cada movimento, em vista de uma maior unidade no seio da Igreja".
Por fim, o papa agradece por todos os frutos do escotismo ao longo desses cem anos, visto que "a promessa e a oração do escotismo constituem uma base e um ideal a ser desenvolvido ao longo de todo o arco da existência".