O arcebispo de Florianópolis (SC), Dom Murilo Krieger, participou nesta quinta-feira (29), de um dia inteiro de louvor e adoração. Em suas pregações, falou sobre o seu mais novo livro: Anunciai a Boa Nova. Os meios de comunicação a serviço da Igreja, na sede da Canção Nova, em Cachoeira Paulista – SP.
Produzido pela Editora Canção Nova, o livro fala dos desafios evangelizadores da Igreja, que recebeu como missão de Jesus: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura!” (Mc 16, 15). Segundo Dom Murilo, são muitas as pessoas que não ouviram a Palavra de Deus: “Esta ordem de Jesus está longe de ser cumprida, porque, ou usamos os meios de comunicação para chegarmos a isso, ou não levaremos esta evangelização a todo mundo”, afirmou o arcebispo.
Em entrevista coletiva às mídias da Canção Nova, Dom Murilo falou sobre o Pontificado de Bento XVI, a Visita do Papa ao Brasil e a V Conferência de Aparecida.
Pontificado de Bento XVI
Dom Murilo faz questão de destacar a simplicidade e bondade do Papa Bento XVI. Recordando experiências que teve com o Pontífice em outras datas, ele explica que o cargo que o então Cardeal Ratzinger ocupava como guardião da Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano, no Pontificado de João Paulo II, não o deixou em muito contato com povo.
“A mídia, em geral, fez questão de passar uma imagem ruim do novo Papa, de que ele é rude, muito duro. Mas nosso papa é sincero, bondoso e se destaca em afabilidade. Hoje, as pessoas já estão aceitando-o como ele é, e estão indo ao seu encontro. Bento XVI é um dos maiores teólogos do nosso tempo e fala de forma simples e agradável, como os sábios sabem fazer”, enfatizou Dom Krieger.
Refletindo sobre as marcas do Pontificado de Bento XVI, Dom Murilo falou que tudo ser resume à Encíclica Deus Caritas est, onde o Papa quis deixar claro que o essencial é conhecer o Coração de Deus, a intimidade. “Se sei que ‘Deus me ama’ vou ter medo de quê? Vou me jogar em Seus braços misericordiosos”. Para Dom Murilo, as palavras que descrevem Bento XVI são firmes, mas suave.
“O Papa é firme na Verdade, mas suave nas palavras”, explicou.
Visita do Papa ao Brasil
O Arcebispo sublinha que Bento XVI é um grande intelectual e têm um profundo conhecimento da vida da Igreja. Ele convida todo o povo a preparar o coração para acolhê-lo e estar atento ao que ele vem nos falar: “Ratzinger esteve no Brasil para transmitir sua visão da Igreja e seu trabalho a frente da Congregação para a Doutrina da fé. Agora, ele vem como Pastor para dar orientações do que está aprendendo, de suas experiências e conhecimentos”. Segundo ele, nós precisamos nos debruçar como ‘ovelhinhas’ que querem escutar seu Pastor.
“Acredito que as palavras do Papa serão o ponto forte, porque elas vêm do coração”, realça o arcebispo. Referindo-se ao Encontro do Papa com os Bispos do Brasil, Dom Murilo diz que espera muito desse encontro. “É a palavra de um irmão mais velho aos mais novos. Recordo-me até hoje as palavras do Papa João Paulo II a nós bispos, em sua última visita ao Brasil, ele dizia: ‘Procurem despertar nos católicos um ‘santo orgulho’ de ser católico’. São estas as palavras, literalmente, que ele disse na ocasião.
Eu aguardo agora com carinho as palavras de um irmão, que tendo a visão do todo neste mundo globalizado, vai ser importante para orientar-nos. Serão as palavras de um irmão que quer o bem aos irmãos bispos aqui do Brasil”, ressaltou.
V Conferência Geral de Aparecida
Recordando as outras Conferências já realizadas desde 1955, a primeira de todas e onde foi fundado do Celam, Dom Murilo explicou que cada conferência tem sua singularidade e importância, e ajudam “a unir o povo e traçar orientações que os orientam”.
Falando da Conferência de Aparecida, o Arcebispo contou que foi o Papa quem escolheu a cidade para o evento, “ele quis vir nos visitar, vamos prestar atenção ao que ele vem nos falar como Pastor”, assinalou. Dom Krieger destacou que, na V Conferência, cada um terá uma participação especial e que a nós, “cabe-nos rezar para que o Espírito Santo derrame sua graças sobre os participantes e para que as decisões sejam acolhidas, porque se trata de procurar uma nova caminhada para a Igreja. Levar Jesus aos que não o conhecem”.
“O desafio da Igreja é acreditar na importância dos meios de comunicação. A V Conferência vai ter uma palavra forte sobre estes meios para entrar no coração das pessoas”, ressaltou.