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Visita ao sul da Itália

Bento XVI dá destaque à Maria e a Pedro em homilia

O Papa Bento XVI já está no extremo sul da Itália onde permanece, em visita pastoral, até amanhã, 15. Ele visita Santa Maria di Leuca e Brindisi, cidades situadas na região da Puglia. Após ter sido saudado e recebido pelas autoridades, O papa se dirigiu para o Santuário de Santa Maria de finibus terrae, Santa Maria di Leuca. Ele foi recebido por cerca de 45 mil fiéis e peregrinos e, em seguida, presidiu uma Missa. Em sua homilia deu destaque às figuras de Maria e Pedro.

O Santo Padre chegou por volta das 16h30 (horário local) no aeroporto militar “Fortunato Cesari” de Galatina. De lá seguiu de helicóptero até Punta Rístola de Santa Maria di Leuca, onde foi recebido, entre outros, pelo Bispo de Ugento-Santa Maria di Leuca, Dom Vito De Grisantis, pelo núncio apostólico na Itália, Dom Giuseppe Bertello, pelo representante do governo italiano, Raffaele Fitto, pelo embaixador da Itália junto à Santa Sé, Antonio Zanardi Landi e pelo governador da região da Puglia, Nichi Vendola.

Missa no Santuário de Santa Maria

Na saudação ao Santo Padre, no início da celebração, o Bispo de Ugento-Santa Maria de Leuca, Dom Vito, falou da grande comoção e imensa alegria com a qual a Igreja local e todo o sul Salerno recebia o Sucessor de Pedro.

Dom Vito recordou a tradição do povo local passada de geração em geração segundo a qual aquela terra teria sido evangelizada pelo Apóstolo Pedro proveniente do Oriente. O prelado ressaltou que, independentemente do fundamento histórico, ela se reveste de um grande significado pelo fato de o povo dali considerar a própria fé oriunda da pregação de Pedro.

Por sua vez, o Santo Padre, em sua homilia, disse que a sua visita à Puglia, a segunda após o Congresso Eucarístico de Bari, se iniciava como peregrinação mariana, naquele extremo rincão da Itália e da Europa, no Santuário de Santa Maria de finibus terrae. Bento XVI agradeceu, de modo particular, a Dom Vito pelo convite e pelo cordial acolhimento.

Em homilia dedicada à Maria, Bento XVI faz memória a Pedro

"Neste lugar historicamente tão importante para o culto da bem-aventurada Virgem Maria – disse o Papa – eu quis que a liturgia fosse dedicada a ela, Estrela do mar e Estrela da esperança".

"No mar da vida e da história, continuou, Maria resplendece como Estrela de esperança. Não brilha com luz própria, mas reflete a luz de Cristo. Sol que apareceu no horizonte da humanidade, de modo que seguindo a Estrela de Maria podemos orientar-nos na viagem e manter a rota rumo a Cristo, especialmente nos momentos obscuros e tempestuosos".

"O apóstolo Pedro conheceu muito bem essa experiência, por tê-la vivido em primeira pessoa. Uma noite, enquanto estava com os outros discípulos atravessando o lago da Galiléia, foi surpreso pela tempestade. A barca deles, à mercê das ondas, não conseguia seguir adiante. Jesus os alcançou naquele momento caminhando sobre as águas, e convidou Pedro a descer da barca e a aproximar-se".

O Papa continuou recordando esse conhecido episódio do Evangelho. Em seguida, fez memória à história de São Pedro por saber que aquele lugar e toda a Igreja local são particularmente ligados ao Príncipe dos Apóstolos.

"De fato, a tradição local faz remontar a São Pedro o primeiro anúncio do Evangelho naquela terra. O Pescador, 'pescado' por Jesus, lançou as redes até aqui", disse Bento XVI. "E nós hoje rendemos graças por termos sido objeto dessa "pesca milagrosa", que dura dois mil anos, uma pesca que, como escreve o próprio São Pedro, 'nos chamou das trevas à Sua luz admirável' (1 Pd 2, 9)", acrescentou.

Ser pescador de homens

"Para tornar-se pescador com Cristo – frisou o pontífice – é preciso primeiro ter sido 'pescado' por Ele. São Pedro é testemunha dessa realidade, como o é São Paulo, grande convertido, de quem daqui a poucos dias inauguraremos o bimilenário de nascimento".

"Como Sucessor de Pedro e bispo da Igreja fundada no sangue destes dois iminentes Apóstolos – ressaltou Bento XVI – vim confirmá-los na fé em Jesus Cristo, único salvador do homem e do mundo".

'De finibus terrae'

"O nome desse lugar santo é muito bonito e sugestivo – observou o Papa – porque recorda uma das últimas palavras de Jesus a seus discípulos. Voltado para a Europa e o Mediterrâneo, entre o Ocidente e o Oriente, ele nos recorda que a Igreja não tem confins, é universal. E os confins geográficos, culturais, étnicos, até mesmo os confins religiosos são para a Igreja um convite à evangelização na perspectiva da 'comunhão das diversidades'".

"A Igreja nasceu em Pentecostes, nasceu universal e a sua vocação é falar todas as línguas do mundo. A Igreja existe, segundo a originária vocação e missão revelada a Abraão, para ser uma bênção em benefício de todos os povos da terra (cfr Gn 12, 1-3); para ser, com a linguagem do Concílio Ecumênico Vaticano II, sinal e instrumento de unidade para todo o gênero humano (Cfr Cost. Lumen gentium, 1)", lembrou o Santo Padre.

"A Igreja que está na Puglia tem uma grande vocação a ser ponte entre povos e culturas", frisou o Papa. "De fato, esta terra e este Santuário são um 'posto avançado' nessa direção", constatou.

Desenvolvimento e paz

Bento XVI concluiu a homilia de celebração dirigindo seu pensamento à Virgem Maria, confiando a ela os povos que se encontram no Mediterrâneo e os povos do mundo inteiro invocando, para todos, desenvolvimento e paz.

(FOTO: Reuters)

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