A igreja, com mosaicos do piso bem conservados, foi descoberta em Hirbet Midras, local onde existia uma comunidade judaica na era romana, no centro do país, informou em comunicado o Departamento de Antiguidades israelense. As escavações começaram após a detenção de um grupo de saqueadores que exploravam o local.
A nave da basílica tinha oito pilares de mármore. Os mosaicos são decorados com motivos florais, de animais, em especial pássaros, e geométricos, que serão recobertos nos próximos dias, para a sua preservação.
Sob o edifício há uma segunda camada de mosaicos desse período, e mais abaixo uma rede de grutas onde poderia estar o túmulo de Zacarias.
"Pesquisadores que visitaram o local consideram que seja o da residência e do túmulo de Zacarias", segundo um comunicado do Departamento de Antiguidades, que considera que essa hipótese deva ser ainda verificada.
O sítio arqueológico de Hirbet Madras – conhecido desde fins do século XIX – abrigou uma importante comunidade judaica na época da revolta de Bar Kokhba, chefe do último levante judeu contra o império romano em 135 d.C., segundo arqueólogos israelenses.
As escavações tornaram possível exumar um "complexo subterrâneo" e os restos de edifícios dessa época, salas e instalações para a água, assim como grutas e túneis onde os rebeldes judeus teriam se escondido, informa o comunicado do Departamento de Antiguidades israelense.
Os arqueólogos encontraram no local moedas judaicas, lâmpadas e cerâmica dos primeiros séculos depois de Cristo.
Conhecido por seu livro, Zacarias – que não deve ser confundido com o outro Zacarias, pai de São João Batista – é o 11º dos 12 profetas menores da Bíblia.