Familiares da paquistanesa cristã condenada à morte pedem intervenção da comunidade internacional para que ela seja libertada
Da Redação, com Rádio Vaticano
Uma nova tentativa de libertar Asia Bibi, paquistanesa cristã que está presa sob acusação de blasfêmia e foi condenada à morte. Nesta terça-feira, 14, o marido dela, Ashiq Masih; sua filha, Eisham Ashiq; e seu advogado, Joseph Nadeem, participam de uma coletiva de imprensa em Roma para pedir a intervenção da comunidade internacional a fim de que a mulher seja libertada.
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Asia Noreen Bibi, mãe de cinco filhos, foi presa em 2009 sob acusação de ter insultado o profeta Maomé. Ela nunca deixou de afirmar sua inocência, mas foi condenada em 2010 à pena de morte e se tornou símbolo da injustiça e do abuso da lei anti-blasfêmia. A paquistanesa cristã está presa há mais de dois mil dias no cárcere de Multan.
A história de Asia coloca em evidência a facilidade com que é possível incriminar uma pessoa por blasfêmia no Paquistão. Como no caso de Asia, para ser preso por blasfêmia é suficiente uma acusação, na maioria das vezes, infundada. Acredita-se que cerca de 95% das acusações são falsas.
A norma não prevê a prova por parte do acusador e resta ao acusado provar a própria inocência. Também é muito alto o número de homicídios extrajudiciais ligados à acusação de blasfêmia.
A coletiva com os familiares de Asia foi proposta pelo senador Mario Mauro e pelo sub-secretário de Estado da Defesa, Domenico Rossi, junto com a Associação Paquistaneses Cristãos na Itália e com a associação CitizenGO.