Armênia e Azerbaijão assinaram um acordo de paz na Casa Branca que visa encerrar décadas de conflito armado que matou dezenas de milhares
Da redação, com Vatican News

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, à esquerda, e o armênio Nikol Pashinyan assinam acordo de paz junto ao presidente estadunidense, Donald Trump / Foto: Eyepress via Reuters Connect
Por quase quatro décadas, Armênia e Azerbaijão lutaram pelo controle da região de Karabakh, conhecida internacionalmente como Nagorno-Karabakh.
As duas nações lutaram pelo controle da região, com múltiplos confrontos violentos que deixaram dezenas de milhares de mortos.
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O Azerbaijão recuperou todo o território em 2023, em um ataque que forçou mais de 100.000 armênios, que representavam cerca de 99% da população, a fugir.
“Um milagre”
O falecido Papa Francisco defendeu constantemente uma solução pacífica para o conflito. Ontem, o presidente Trump uniu as partes ao falar sobre um novo começo.
Trump disse: “É muito tempo, 35 anos. Eles lutaram e agora são amigos, e serão amigos por muito tempo. Os países da Armênia e do Azerbaijão estão se comprometendo a cessar todos os conflitos para sempre, reabrir o comércio, as viagens e as relações diplomáticas, e respeitar a soberania e a integridade territorial um do outro.”
Os dois países do Cáucaso Meridional assinaram acordos entre si e com os EUA que reabrirão importantes rotas de transporte.
O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, afirmou ter concordado com a Armênia em indicar Trump para o Prêmio Nobel da Paz, chamando o acordo de “milagre”.
“Marco significativo”
O primeiro-ministro armênio, Nikol Pashinyan, falou sobre um momento histórico na relação entre os dois países. “Hoje, alcançamos um marco significativo nas relações Armênia-Azerbaijão, lançando as bases para escrever uma história melhor do que a que tivemos no passado. Este é um sucesso para nossos países e para nossa região, e um sucesso para o mundo, porque uma região mais pacífica significa um mundo mais seguro. Isto é paz através da força”, enfatizou o primeiro-ministro armênio.
As negociações agora começarão para definir quem desenvolverá as novas rotas comerciais, incluindo uma ferrovia, oleodutos e gasodutos e linhas de fibra óptica.
Autoridades dizem que pelo menos nove empreendedores já demonstraram interesse em transformar o que antes era uma região manchada de sangue em uma arena de prosperidade e paz.