Proposta já foi aprovada pela Câmara dos Deputados por 131 votos a 117
Da redação, com Agências
Nesta terça-feira, 29, o Senado na Argentina começa a debater o projeto de lei de interrupção voluntária da gravidez, que permite o aborto livre até a 14ª semana de gestação. A proposta já foi aprovada na Câmara dos Deputados por 131 votos a favor, 117 contra e 6 abstenções.
Se o sim for maioria, a Argentina se tornará o primeiro grande país da América Latina a legalizar o aborto, após Uruguai, Cuba, Guiana e Cidade do México.
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A legislação em vigor na Argentina sobre o aborto data de 1921 e prevê penas de até quatro anos de prisão para quem interromper a gravidez, exceto em caso de estupro ou risco de vida para a mãe. Esta é a nona vez que um projeto de interrupção voluntária da gravidez é apresentado no Congresso argentino, mas a primeira em que é redigido e defendido pelo Governo. Em 2018, o Senado no país rejeitou o projeto de lei, por 38 votos contra 31.
Apesar da pandemia de Covid-19, milhares de pessoas passarão a noite em vigília nas ruas até o resultado da votação, prevista para a madrugada de 30 de dezembro. A praça em frente ao Congresso será novamente dividida com barreiras para separar as manifestantes verdes, que defendem o aborto, das azuis, a favor da vida.