Em Fátima

Arcebispo de Moscou recorda perseguições contra cristãos no século XX

Dom Pezzi afirmou que quando uma sociedade renuncia ao anúncio do Evangelho torna-se facilmente vítima de totalitarismos

Da redação, com Agência Ecclesia

O arcebispo de Moscou, na Rússia, recordou nesta quinta-feira, 13, em Missa no Santuário de Fátima, Portugal, as perseguições contra cristãos no século XX, alertando para as consequências dos totalitarismos na vida das sociedades.

“O século XX ficou marcado por uma perseguição particularmente sangrenta. Infelizmente, quando uma sociedade renuncia ao anúncio do Evangelho torna-se facilmente vítima de totalitarismos, do poder do homem sobre o homem”, disse Dom Paolo Pezzi, na homilia da Missa conclusiva da peregrinação internacional aniversária do 13 de julho.

O responsável pela Arquidiocese de Mãe de Deus, na capital russa, sublinhou que muitas vezes a ação missionária dos católicos é rejeitada “pela mentira, pela calúnia, pela perseguição”.

“Na verdade, não existe uma época da história que não tenha tido os seus mártires”, assinalou, após evocar os cristãos perseguidos e martirizados nos primeiros séculos.

Cruz de Cristo pode vencer o ódio

Dom Paolo Pezzi sustentou que, aos olhos da fé, existe a consolação de saber que a Cruz de Cristo pode “vencer o ódio do mundo”. “Isto mesmo nos recordaram os mártires do século XX: o testemunho de um amor gratuito vence mesmo o ódio mais irracional”, reforçou.

O presidente da celebração considerou que, ainda hoje, perante “a perseguição dos cristãos, que não diminuiu, mas pelo contrário parece crescer a cada dia”, uma possível convivência entre pessoas e comunidades “só é possível num testemunho até ao martírio da fé e da caridade gratuita”.

“Ao longo destes últimos meses tenho pensado frequentemente nas vítimas do ódio dos homens, em todos aqueles que morrem destruídos pelo mal, pelo ódio de outros homens, seus irmãos: quem, dentre eles, pôde ao menos pressentir o conforto do amor de Cristo?”, questionou Dom Pezzi.

O arcebispo de Moscou apelou à confiança na proteção da Virgem Maria para “vencer o medo” e superar a distância que separa as pessoas.

“Peçamos à Senhora de Fátima, a graça da conversão a Seu Filho, peçamos ao Espírito que faça voltar o nosso olhar para Cristo, fonte de toda a paz, conforto, e de criatividade para a nossa vida e para a vida dos nossos irmãos”, concluiu, numa homilia lida em português.

Rússia e Fátima

A peregrinação Internacional de julho, que evoca a terceira aparição de Nossa Senhora, tem como tema “A Virgem Maria, Mãe da Consolação” e sublinha esta ligação da Rússia a Fátima.

De acordo com o testemunho dos videntes Nossa Senhora disse-lhes que para impedir a guerra pedia a consagração da Rússia ao Seu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábados.

A peregrinação presidida pelo arcebispo de Moscou e conta com mais de 6300 peregrinos inscritos no Serviço de Peregrinos do Santuário de Fátima, num total de 140 grupos oriundos de 27 nações, incluindo vários países da antiga União Soviética.

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