Vaticano

Após Catequese, Papa denuncia sofrimento da população no Congo

Francisco fala em “momento delicado” na República do Congo, afetado por crise política

Agência Ecclesia

O Papa denunciou nesta quarta-feira, 21, no Vaticano os “cruéis sofrimentos” da população da República Democrática do Congo (RDC), pedindo que o Governo e a oposição superem a atual crise política.

“Que aqueles que têm responsabilidades políticas ouçam a voz da sua própria consciência, saibam ver os cruéis sofrimentos dos seus concidadãos e levem a peito o bem comum”, declarou, no final da audiência pública semanal que decorreu na sala Paulo VI.

O mandato do presidente Joseph Kabila expirou na segunda-feira, mas este não abandonou o poder, tendo nomeado um novo governo sem marcar eleições ou esperar pela mediação da Igreja Católica.

Pelo menos 20 pessoas morreram devido aos disparos da polícia durante protestos, terça-feira, 20, em Kinshasa, capital da RDC, em manifestações da oposição.

Francisco recordou o “recente encontro” com a presidência da Conferência Episcopal da RDC, na última segunda-feira, e pediu que todos os congoleses “sejam artífices de reconciliação e de paz neste delicado momento da sua história”.

“Convido todos a deixar-se guiar pela luz do Redentor do mundo e rezo para que o Natal do Senhor abra caminhos de esperança”, acrescentou.

Já no domingo, o Papa tinha recordado a situação no país africano e pedido orações para que o diálogo na RDC “decorra com serenidade, para evitar qualquer tipo de violência e pelo bem de todo o país”.

As eleições presidenciais previstas para este ano foram adiadas até 2018, uma decisão que a oposição vê como um golpe de Estado, dado que, segundo a Constituição, o atual presidente não pode recandidatar-se.

O Papa Francisco recebeu Kabila a 26 de setembro, numa audiência privada em que se debateu a situação de “violência persistente” no país africano

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo