Alunos deixam sala virtual e visitam pela primeira vez um apiário

Agora, olha só que legal. Estudantes de apicultura, no formato à distância, tiveram a chance de deixar a sala virtual e participar de uma aula prática. Para muitos esta foi a primeira vez que chegaram perto de uma criação de abelhas.

Veja na reportagem de Genilson Pacetti e Emerson Tersigni.

São poucas as oportunidades em que os alunos de ensino à distância, os chamados EADs, se encontram presencialmente. Essa turma, no entanto, conseguiu de diferentes lugares movidos pelo conhecimento de um inseto pequeno, mas de tamanha relevância. “É uma emoção fantástica estar com os colegas que a gente já vinha no online conversando e aprendendo muito. Estar com eles na prática vivenciando esse momento não tem preço e a gente leva daqui uma bagagem fantástica pro nosso querido estado do Rio Grande do Sul”, apontou da Federação de Apicultura e Meliponicultura do RS, Patric Luderitz.

Uma das atividades previstas no calendário do curso é o acompanhamento in loco da realidade de um apiário. Estou numa fazenda onde está acontecendo uma imersão dos alunos de um curso que envolve apicultura e meliponicultura aqui no interior de São Paulo. Gente, este ambiente é fantástico. Não sei se você teria coragem, mas está tudo muito tranquilo. Muitas abelhas. Em cada caixa existem mais ou menos 80.000 delas. 

“Com essa morte grande por causa do uso de inseticida, dos agrotóxicos, boa parte das abelhas no mundo estão acabando. Então, a arte de criar abelhas, a reprodução dos vegetais, a produção de frutas, vai tá na mão do apicultor”, explicou a coordenadora, pós-graduada em apicultura e meliponicultura na Unitau, Lídia Barreto.

85% da produção de alimentos no mundo dependem da abelha. Quem está seguindo os passos deste convívio harmônico entre ser humano e natureza é o Enzo, que nunca está sozinho. “Principalmente tem que ter o fumegador, que ele é o principal amigo do apicultor, porque ele que vai fazer as abelhas ficarem mais de boa. Mas basicamente a gente vem aqui, faz o manejo, olha cada caixa para ver como é que tá a situação de cria, para ver se tem alguma doença, níveis da de infestação de algum parasita”, contou o acadêmico e bolsista, Enzo Carvalho da Silva. 

A cada abertura de colmeia ressoa a fortaleza das abelhas. Principal polinizador, essencial para o equilíbrio das coisas. Abelha não faz mal e sim faz mel. “Um insetinho desse tem toda uma organização, toda uma disciplina, cada um faz uma coisa. O pessoal tem medo dela, mas não devia ter medo não, o bichinho é fantástico”, afirmou Enzo. 

“A gente não pode diminuir o número de enxames como vem acontecendo. Então tem que ter esse respeito e conviver harmonicamente, porque nós estamos num planeta só”, concluiu Lídia.

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