Refugiados cristãos no Iraque, obrigados a abandonar suas casas, precisam de doações urgentes de água, alimentos e remédios
Da redação, com AIS
Milhares de cristãos e membros de outras minorias religiosas continuam em fuga no Iraque por medo do grupo jihadista Estado Islâmico, que ocupou partes significativas do país e instaurou um ‘califado’. O patriarca caldeu no país, Dom Louis Sako, tem pedido com insistência orações pelos cristãos e também o envio de ajuda para os refugiados.
Para responder à este apelo, a Fundação Pontíficia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) disponibiliza contas bancárias para o envio de doações. Segundo a instituição, as necessidades são as mais diversas, mas as mais urgentes são água, alimentos e remédios.
São as seguintes:
Itaú – Agência 0300 C/C 08444-9
Bradesco – AG 3450-9 C/C 15660-4
Banco do Brasil – AG 4244-7 C/C 56091-X
Santander – AG 3793-5 C/C 13000507-8
Caixa Econômica – AG 0245-3 C/C 1637-0
*A AIS solicita o envio do comprovante de depósito ou o repasse das informações referentes (valor e data da doação) através do email: ajudairaque@ais.org.br
Drama no Iraque
Em recente visita à cidade de Erbil, no Iraque, o presidente da estrutura internacional da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), Johannes Heereman, afirmou que “ainda há esperança para os cristãos no Iraque, mas apenas se agirmos imediatamente”.
Segundo Heereman, a situação é dramática. “Estivemos com bispos, padres, religiosas e voluntários que trabalham 24 horas por dia para darem uma ajuda fundamental a estas populações”, recordando que, no Iraque, na região de Erbil, “as temperaturas rondam os 44 graus” e “as pessoas precisam de abrigos e de cuidados médicos, pelo que ainda há muito a fazer.”
“Se não quisermos ser testemunhas silenciosas dos últimos capítulos da história do cristianismo no Iraque, a comunidade internacional deve reagir de forma decisiva agora”, acrescentou o presidente da Fundação AIS, que viajou até o país a convite de Dom Sako, a fim de tomar conhecimento sobre a situação concreta e as necessidades por que passam mais de 100 mil cristãos expulsos das suas casas e que encontraram refúgio em Ankawa, o bairro cristão de Erbil, bem como em aldeias ao norte de Duhok e Zakho.
Para a Fundação AIS, além da ajuda humanitária de emergência que tem de ser oferecida às comunidades cristãs, é preciso trabalhar para que este drama não se venha a repetir com os cristãos ou com membros de outras minorias religiosas.
“Muitos já percorreram um longo caminho de perseguição e sofrimento. Estão consternados e só querem ir embora. Pedem ajuda para conseguirem o visto necessário para viajarem para outro país; mas também há muitos que querem regressar a suas casas, que muito provavelmente foram saqueadas, mas onde eles sempre viveram desde há gerações, onde estão as suas raízes, a sua história. Querem regressar a suas casas pois tiveram de abandonar tudo quando fugiram. Mesmo assim, ainda querem voltar”, afirma Heereman.
A delegação da Fundação AIS que visitou o Iraque foi composta pelo presidente executivo internacional, Johannes von Heereman, a diretora de projetos, Regina Lynch e a diretora-adjunta de comunicação, Maria Lozano.
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