Emília e Karol, pais de São João Paulo II, continuam sendo recordados nas comunidades de Wadowice e Cracóvia
Da redação, com Vatican News
O arcebispo metropolitano de Cracóvia, na Polônia, Dom Marek Jędraszewski, anunciou a decisão de iniciar o processo de canonização de Karol Wojtyła e de sua esposa, Emília Kaczorowska, pais de São João Paulo II. O arcebispo anunciou que, após o parecer positivo, em outubro de 2019, da Conferência Episcopal Polonesa e após a aprovação do Congregação das Causas dos Santos em Roma, a arquidiocese autorizou os processos de beatificação.
A documentação relativa será entregue à paróquia da Arquidiocese de Cracóvia nos próximos dias e os fiéis serão informados do início do processo. Ademais, se requer enviar à Cúria metropolitana da cidade, até 7 de maio de 2020, todos os documentos, as leituras ou as mensagens relacionadas aos Servos de Deus, quer positivas, quer negativas.
A recordação dos pais do Papa Santo polonês, especialmente nas comunidades de Wadowice e Cracóvia, é ainda viva e mesmo tendo passado muito tempo da morte deles, há ainda alguém que os conheceu pessoalmente. “Buscaremos contatá-los e pedir que eles deem seu testemunho”, afirmou o delgado da Arquidiocese de Cracóvia para a canonização, padre Andrzej Scąber.
O sacerdote acrescentou que serão ouvidos também filhos e netos de testemunhas diretas da vida dos dois Servos de Deus, e que o próprio Papa, em um certo sentido, será testemunha direta da santidade de seus pais, dado os muitos textos que confirmam as pessoas excepcionais que eram.
Serão feitos dois processos de canonização separados – explicou – mediante os quais se deverá demonstrar que Emília e Karol praticaram as virtudes de modo heroico, que gozam da reputação de santidade e que, mediante a intercessão deles, as pessoas receberam os favores de Deus.
“Este processo não será fácil devido ao número limitado de testemunhas oculares, mas podemos já dizer que a documentação coletada, em particular a que se refere a Karol Wojtyła, é muito ampla”, afirmou padre Andrzej.
Numa sociedade em crise como a de hoje, com “muitos divórcios, relações de convivência, crianças abandonadas”, concluiu padre Andrzej, a família Wojtyła, composta de duas pessoas comuns, mostrou a todos que mesmo vivendo uma situação econômica muito difícil, mesmo na doença, diante da morte dos filhos, se pode ter fé e permanecer próximos de Deus.
Emília, nascida em Kaczorowska, e Karol Wojtyła sênior se casaram em 10 de fevereiro de 1906 em Cracóvia. O casal deu à luz dois filhos: em 1906, Edmund, e em 1920, Karol júnior, além da filha Olga, falecida pouco depois do nascimento. Após a morte da mulher, em 1929, Karol Wojtyła sênior criou seus filhos sozinho. Faleceu em 1941 em Cracóvia.