A mais antiga e maior mostra artística do mundo foi aberta sábado, 1° de junho de 2013. Na 55ª edição da Bienal de Veneza, a cidade acolhe este ano um número recorde de 88 pavilhões nacionais, dentre os quais o da Santa Sé, que participa pela primeira vez do evento.
Aberta até 24 de novembro, a Bienal de Veneza espera receber este ano cerca de 500 mil visitantes. Além dos pavilhões nacionais e da mostra internacional, 47 eventos paralelos em toda a cidade completam o programa.
Existe grande expectativa para o pavilhão da Santa Sé, que se inspira nos 11 primeiros capítulos da Bíblia (Livro do Gênesis). O espaço, intitulado ‘No princípio’, aborda o tema da tensão entre a criação e o caos. A iniciativa é do Pontifício Conselho para a Cultura. Para o Cardeal Gianfranco Ravasi, Presidente do Conselho, a idéia quer restabelecer um diálogo interrompido entre a arte e a fé.
No estande, os capítulos do Gênesis são reinterpretados numa instalação multimídia interativa, ilustrados por imagens em preto e branco do célebre fotógrafo tcheco Josef Koudelka e repensados pelo estadunidense Lawrence Carroll, que realiza obras com materiais recuperados no lixo.
O coordenador é o diretor dos Museus do Vaticano, Antonio Paolucci, segundo o qual, o objetivo é que estes espaços sejam um “território aberto aos atravessamentos culturais e aos percursos emocionais”.
O Brasil é representado por Tamar Guimarães, mineira radicada na Dinamarca que trabalha com filme, som e instalações, e pelo também mineiro Paulo Nazareth, que renova o conceito de performance viajando ao redor do mundo. Além desses dois, a exposição tem ainda obras de Arthur Bispo do Rosário, falecido em 1989.