Cardeal Njue diz que a alegria pela visita do Papa ao Quênia une todo o país; ele qualifica a viagem como um dom de Deus
Da Redação, com Rádio Vaticano
“A alegria pela visita de Francisco é palpável, une todo o país, habitado por 44 milhões de pessoas pertencentes a 42 etnias”, declara o arcebispo de Nairóbi, Cardeal John Njue, sobre a visita do Papa Francisco ao país. O Quênia é um dos três países que Francisco visita de 25 a 30 de novembro.
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Em entrevista ao jornal vaticano L’Osservatore Romano, o cardeal descreve as condições sociais do país, destacando que milhões de quenianos ainda vivem na pobreza. “As famílias se rompem sob a forte pressão do materialismo e da perda dos valores africanos. As políticas de divisão, a corrupção e as diferenças de etnia vividas de maneira negativa continuam a erodir a nossa sociedade”.
O arcebispo de Nairóbi relata que a Igreja está na linha de frente ao indicar esses desafios e pedir ativamente ao governo uma solução. Nesse sentido, ele acredita no reforço que a visita do Papa dará para que haja mais determinação em combater o terrorismo e encorajar a tolerância religiosa.
“A presença do Papa tornará as suas palavras concretas: ele vem para expressar a sua empatia com todos aqueles que perderam seus entes queridos por causa da intolerância política ou religiosa. Por isso, a visita do Papa é um dom de Deus; Ele vem para reerguer a África na esperança e na fé, para encorajar e motivar o mundo porque nem tudo está perdido e para reforçar a nossa determinação em buscar fazer do Quênia a pérola da África. Karibu (bem-vindo) ao Quênia, Papa Francisco!”, conclui o cardeal.
A visita do Papa ao continente africano já começou nesta quarta-feira, 25. O voo papal saiu de Roma às 8h (hora local) e deve chegar a Nairobi, capital do Quênia, às 17h (hora local). Os países visitados pelo Papa serão Quênia, Uganda e República Centro-Africana.