Congresso em Defesa da Vida

A sexualidade é um dos maiores bens da humanidade, diz Dom Antonio

Dom Antonio Augusto Dias Duarte, Bispo-Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro e do CELAM, falou nesta sexta-feira, 8, sobre a sexualidade e a dignidade humana, apontando-a como um dos bens mais valiosos que a humanidade foi descobrindo ao longo da idade moderna.

O Bispo disse que a humanidade é constituída por pessoas dignas, que merecem respeito. Não por "massas". "Nós temos que trabalhar pela vida deixando cada vez mais em evidência que uma só pessoa no mundo, pela sua dignidade, dignifica um país. Simplesmente porque ela é humana. Não é redundância. Entre as razões que são dadas para fazer o aborto está a de que primeiro o individuo é humano e, só depois, é pessoa. Uma pessoa é humana desde o principio", enfatizou.

E lembrou que nos Movimentos em Defesa da Vida já existe essa consciência de que para defender a vida é preciso trabalhar para a conscientização do seu valor.

Santo Agostinho dizia que "o ser humano é aquele que tem a superioridade na bondade e a profundidade é interioridade da mesma".

"Toda pessoa é portadora de uma bondade excelente, de uma bondade que é única, por isso, toda pessoa merece viver, porque ela vai trazer mais humanidade à familia, à sociedade e ao país", explicou. "A grande riqueza do Brasil é o brasileiro. É a bondade própria do brasileiro, é o seu modo de ser".

Como dizia Kant,  "A vida humana não tem preço. O que vale é o que ela é por dentro. O que faz com que ela viva com dignidade é não lhe dar um preço".

Dom Antonio explicou que a sexualidade não é qualquer coisa puramente biológica, mas refere-se ao núcleo íntimo da pessoa. Por isso aí está a falha do raciocínio do direito da mulher sob o seu corpo. A mulher não é o seu corpo. O seu modo de ser feminina vem do seu núcleo intimo.

"Nós temos um direito relativo sobre o nosso corpo. Nós temos direito à saúde, mas caso não a tenhamos, ou não possamos recuperá-la, não perdemos a dignidade humana", destacou.

Explicou ainda, que a sexualidade se exprime através da masculinidade e da feminilidade, que se complementam. O olhar da mãe faz a criança sentir-se amada, mas a mão do pai faz a criança sentir-se segura. Por isso que a feminilidade e a masculinidade são complementares. É o modo de ser pessoa, de sentir, de expressar, de viver o amor humano. 

"Nós podemos viver sem um terço da nossa sexualidade, no que diz respeito a genitalidade, mas não podemos viver sem afeto, amor. Podemos viver sem relação sexual, mas não podemos viver sem a relação da sexualidade", disse Dom Antonio.

O exercício digno da sexualidade humana se faz perfeitamente através do exercício da paternidade e da maternidade e não apenas na geração, mas na educação dos filhos. "Viver a sexualidade só se compreende se ela é vivida com superioridade e dignidade. Superioridade no nível mais profundo e espiritual. A sexualidade pertence a um núcleo íntimo da pessoa. Isso chama-se educação para a castidade. É um valor humano, que não se deve esquecer que como todas os outros valores, virtudes, a castidade é possível".

O Compêndio do Catecismo da Igreja Católica (CIC), diz que "a castidade é a relação justa entre as pessoas". E entre o homem e a mulher é uma relação de respeito, enfatizou.

O homem é uma criatura de Deus, dependente de Deus e orientada para Deus.

A humanidade se desumaniza com a brutalidade desta realidade de considerar a vida um produto, a mulher um objeto de posse, de prazer e os filhos acabam sendo um obstáculo para que se tenha esse prazer.

O homem e a mulher quando vivem a sua masculinidade e feminilidade de forma complementar e oblativa vão se aperfeiçoando entre si e vão se doando no matrimônio e na família e, acabam sendo pessoa que, com excelência, transcendem tanto a si mesmas que acolhem a realidade de outras pessoas no seio de sua família e os filhos são os reflexos vivos de um amor matrimonial autêntico. E uma síntese viva do que é ser homem e mulher de uma forma madura.

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