A Santa Sé publicou esta manhã a conversa mantida pelo Papa com os jornalistas, a bordo do avião que o levou de Roma a Viena, na qual Bento XVI reafirmou o seu empenho no diálogo com as outras religiões.
"É óbvio que tudo faremos, insistindo no diálogo com os outros cristãos e também com os muçulmanos e fiéis de outras religiões. O diálogo está sempre presente, é uma dimensão do nosso agir", disse o Papa, explicando que, no caso da viagem à Áustria, essa preocupação poderia não ser tão visível por causa do "caráter específico da peregrinação".
Num espaço de tempo tão curto, justificou, não estão previstos encontros com representantes de outras religiões ou confissões cristãs, apenas a homenagem junto do monumento às vítimas do Holocausto.
Bento XVI declarou que a sua viagem não é política, mas sim uma peregrinação, cujo objetivo mais importante é ajudar os austríacos a tomarem consciência das suas raízes cristãs. O Papa frisou que seu objetivo é confirmar o povo austríaco na fé, porque hoje "precisamos de Deus, e a vida sem Deus perde a orientação", "fica vazia".
Nesse sentido, insistiu com os jornalistas que "a humanidade está precisando de Cristo". Uma vez mais, o Papa criticou o relativismo, o qual acusou de "relativizar tudo" e impedir que "bem e mal sejam distinguíveis".
Questionado sobre as dificuldades vividas pela Igreja Católica na Áustria, nos últimos tempos, Bento XVI aproveitou a ocasião para agradecer a todos – leigos e religiosos – que sofreram, nos anos passados, mas permaneceram fiéis à Igreja, e que sempre reconheceram "o rosto de Cristo".