"Símbolo universal de paz, de amor e de entrega por outros", essa foi a definição da cruz de Cristo, feita pelo Bispo de Santander, Espanha, Dom Vicente Jiménez Zamora, que lamentou a "tentativa de retirar o crucifixo" dos lugares públicos, especialmente dos colégios e hospitais.
Além disso, o bispo considerou que pedagogicamente é bom que os alunos aprendam as lições do crucifixo, que são: “a lição do perdão, do amor de Deus ao pecador, da dignidade humana e da solidariedade com todos os crucificados e com todas as vítimas”.
“O crucifixo é uma síntese do Evangelho e o Evangelho não ofende a ninguém”, destacou o prelado na homilia que pronunciou na segunda-feira, 14, no monastério de Santo Turibio por ocasião da celebração da festa da Exaltação da Santa Cruz.
No seu discurso o bispo disse que a cruz “continua em pé como sinal de salvação e esperança”, mas assegurou que hoje é difícil falar desta mensagem às pessoas, porque o mundo se tornou inimigo da cruz de Cristo.
Apesar disto, ele reafirmou que Jesus é, “agora e sempre, o centro de tudo, o ponto focal para onde dirige seu olhar toda a história humana”, e destacou ainda que a cruz não revela somente uma mensagem de sofrimento e morte, mas sim de vida e salvação.
No monastério de Santo Turíbio de Liébana, onde Dom Jiménez Zamora fez a homilia, conserva-se desde o século VIII o “lignum crucis”, uma relíquia que, segundo a tradição, é um fragmento da Cruz de Cristo levado para a Espanha no século V por Santo Turíbio, Bispo de Astorga.
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