O Presidente do Pontifício Conselho para a Pastoral da Saúde, Arcebispo Zygmunt Zimowski, assinalou, em entrevista ao jornal L’Osservatore Romano, que a Igreja Católica serve os doentes de AIDS, com todo tipo de assistência, em 117 000 centros estendidos em todo mundo.
Em vista desse problema sanitário mundial, iniciou-se nesta sexta-feira, 27, no Vaticano, o encontro internacional sobre HIV e AIDS promovido pelo Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde e pela fundação "O Bom Samaritano".
A fundação O Bom Samaritano foi instituída pelo Beato João Paulo II em 2004 e que foi confiada ao Pontifício Conselho para a Pastoral da Saúde, busca também responder às perguntas de "muitos bispos que se dirigem ao nosso dicastério para ter uma ajuda constante, com ajuda material mas sobre tudo com informação sobre o último da ciência na luta contra esta doença", explicou Dom Zimowski.
"Segundo dados publicados pelo Programa das Nações Unidas para o HIV/AIDS (Unaids), o vírus HIV contagiou nos últimos 30 anos mais de 60 milhões de pessoas. Atualmente vivem com o vírus cerca de 33 milhões de pessoas. Em 2009, 2 milhões e 600 mil foram infectadas e 1 milhão e 800 mil pessoas morreram por uma patologia ligada a AIDS", frisou o presidente do Pontifício Conselho.
Até este sábado, 28, os participantes discutem "A centralidade da cura da pessoa na prevenção e no tratamento do HIV/AIDS".
O objetivo do encontro é buscar e encontrar respostas concretas a incessante necessidade de curar os doentes de AIDS. "O acesso aos cuidados médicos é um direito de todos", sublinhou o arcebispo.
O prelado ressaltou também o grande trabalho realizado pela Beata Teresa de Calcutá e o falecido Cardeal John Joseph O’Connor "que promoveu numerosos centros de assistência para doentes de AIDS" e "muitas iniciativas de cuidado e assistência nos Estados Unidos e em outros países pobres".
Dom Zimowski contou que entre os participantes do congresso estão o Secretário de estado Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, o delegado europeu responsável pela saúde e a política dos consumidores, John Dalli e o Diretor executivo do UNAIDS, Michel Sidibé.