Passaram-se 18 anos do dia que mudou para sempre a história dos Estados Unidos e do mundo inteiro
Da redação, com Vatican News
Uma terça-feira qualquer de setembro que em poucos minutos se transformou no pior ataque terrorista na história dos Estados Unidos. No dia 11 de setembro de 2001 o voo American Airlines atingiu a Torre Norte do World Trade Center, no coração de Nova Iorque causando um grande incêndio. Pouco depois um outro avião atingiu a Torre Sul. Polícia e bombeiros tentaram evacuar os dois edifícios. Porém, as operações não foram simples. A Torre Sul desabou sobre si mesma: uma nuvem de pó invadiu o céu de Nova Iorque cobrindo tudo e todos. Pouco depois desabou também a segunda Torre. Enquanto isso um avião da American Airlines 77 caiu sobre o Pentágono, a sede do Departamento de Defesa americana e o quarto ataque, foi bloqueado graças à revolta dos passageiros da United Airlines 93.
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A proximidade de João Paulo II
Milhões de pessoas com o olhar fixo na TV assistiram ao vivo o que estava acontecendo, petrificados e incrédulos. Bombeiros, policiais e proteção civil cobertos de cinzas tentavam salvar o maior número possível de pessoas. Estruturas destruídas, sirenes que ecoavam em um silêncio, depois os gritos e tosses de sufocamento de homens e mulheres.
As imagens correram o mundo inteiro, chegando também ao Vaticano, aos olhos de João Paulo II que no dia seguinte, durante a Audiência Geral, pediu para que não o aplaudissem para assim poder criar um clima de recolhimento e oração por todas as vítimas do que definiu “um dia obscuro na história da humanidade, uma ofensa terrível contra a dignidade do homem”. Apesar dos sofrimentos e a dor pela perda de vidas humanas, o futuro Santo recordou a todos que “mesmo quando a força das trevas parece prevalecer, o crente sabe que o mal e a morte não são a última palavra”.
A cruz no meio das cinzas: sinal de esperança
Entre as imagens que passavam pelas telas de todo o mundo há também a de uma cruz. Durante as operações de socorro, a um certo ponto, no meio do pó, das cinzas e dos detritos destacou-se aos olhos dos bombeiros uma cruz formada por duas traves de metal da estrutura do World Trade Center. Diante daquele sinal, mais tarde, muitas pessoas de várias religião iriam se recolher em oração, criando assim a Cruz do Ground Zero, símbolo de conforto para todos os que perderam amigos e parentes.
Hoje, 18 anos depois daquele dia, a cruz está conservada no National September 11 Memorial & Museum, um espaço realizado para homenagear todas as pessoas que perderam a vida nos ataques terroristas de 2001.
O memorial e a visita de Bento XVI
O memorial de 11 de setembro é um lugar que representa a sobrevivência, o renascimento e a recordação. Todos os nomes das vítimas estão gravados em bronze nos dois espelhos de água que formam o núcleo do memorial. A piscina norte e a piscina sul foram construídas nos pontos exatos onde ficavam as Torres Gêmeas. As piscinas simbolizam a perda de vidas humanas e o vazio físico deixado pelos ataques terroristas.
O Papa Bento XVI foi o primeiro a visitá-lo, em 2008. Ao chegar no local decidiu não pronunciar nenhum discurso. Depois, ao encontrar os parentes das vítimas e as equipes de resgate recolheu-se em oração pedindo ao Senhor: “concedei-nos a sabedoria e a coragem de trabalhar incansavelmente por um mundo onde reinem a paz e o amor verdadeiro entre as Nações e nos corações de todos”.
A recordação de Francisco
Depois de Bento XVI, em 2015, também Francisco visitou o lugar símbolo da tragédia. O Pontífice fez uma oração com 12 líderes religiosos depois de ter encontrado os familiares das vítimas e recordou: “este lugar de morte transforma-se também num lugar de vida, de vidas salvas, em uma canção que nos leva a afirmar que a vida está destinada sempre a triunfar sobre os profetas da destruição, sobre a morte, que o bem prevalece sempre sobre o mal, que a reconciliação e a unidade sairão vencedores sobre o ódio e a divisão [porque] apesar das diferenças, das discrepâncias, é possível viver um mundo de paz”.