Celebrado todo dia 24 de março, memória litúrgica de São Óscar Romero, o dia recorda os missionários mártires em todo o mundo
Da redação, com Vatican News
“Vidas entrelaçadas” é o tema escolhido para o Dia dos Missionários Mártires 2021. Este será o 29º Dia de Oração e Jejum em memória dos missionários mártires.
A data é celebrada todos os anos em 24 de março, memória litúrgica do Santo Óscar Arnulfo Romero. O santo foi arcebispo metropolitano de San Salvador e morreu em 24 de março de 1980 durante a celebração da Santa Missa.
Leia mais
.: Santa Sé reconhece oficialmente martírio de Dom Oscar Romero
“O missionário entrelaça a própria vida com Cristo”, lê-se na nota explicativa da Missio Giovani. Este ato tem como objetivo tecer novas fraternidades com as populações e pessoas. O missionário “encontra no seu ministério a serviço do anúncio do Evangelho, uma escolha do nome de Cristo que pode conduzir ao dom de si na Cruz”.
Webinar
Para a ocasião, na próxima quarta-feira, 31, às 19h (horário italiano), acontecerá um webinar intitulado “Vidas entrelaçadas na Etiópia”. O momento é uma oportunidade de traçar o difícil quadro da missão no país africano, marcado por conflitos, pobreza e, no último ano, também pela Covid-19.
Realidade dos missionários
Segundo os últimos dados coletados pela Agência Fides, em 2020 foram 20 missionários mortos em diversas partes do mundo. Destes, 8 eram sacerdotes, um religioso, três religiosas, dois seminaristas e seis leigos.
O recorde dramático deste ano é registrado na América, onde 8 missionários foram assassinados. Nos últimos 20 anos, de 2000 a 2020, foram mortos 535 agentes pastorais em todo o mundo, incluindo 5 bispos.
“O sacrifício dos mártires é o sinal tangível de que a difusão da fé não é uma cruzada”. É o que afirmou Giovanni Rocca, secretário nacional da Missio Giovani.
“É um abraço de culturas, povos e religiões, uma total disponibilidade de si para a escuta e a partilha recíproca, o socorro a quem tem necessidade”, complementou.
Quando nessas dinâmicas “aparece o ódio, eis que o mártir entra na história”, frisou Rocca. O martírio in odium fidei, de fato, é “a consequência extrema de uma fé verdadeira, humana e tangível”.