O prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais recorda a recente tragédia que afetou o Oriente Médio, com o forte terremoto que atingiu a Síria e Turquia
Da redação, com Boletim da Santa Sé
Com a proximidade da Coleta em Prol da Terra Santa, o prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais, Dom Claudio Gugerotti, divulgou uma Carta dirigida aos bispos. A Coleta será realizada em todas as Igrejas Católicas do mundo na Sexta-feira Santa, dia 7 de abril.
Na Carta, Dom Claudio recordou a emergência humanitária gerada pelo “terrível terremoto” que provocou muitos danos e milhares de mortos na Síria e no sul da Turquia. “Terras visitadas pela pregação apostólica e lugares onde floresceu o cristianismo das origens com insignes tradições monásticas e eremíticas”, ressaltou.
O prelado recordou que a Síria já vivia o drama da guerra há mais de 12 anos, ao qual acrescentou-se a devastação provocada pelos edifícios que caíram por causa das ondas sísmicas. E tantas pessoas enfrentaram um novo êxodo das suas casas.
Também muitas casas dos Religiosos e Religiosas Franciscanas e de outras Ordens e Congregações, na Síria e na Turquia, nestas semanas, tornaram-se tendas e proteção para os desalojados.
“Em geral, em toda a Terra Santa permanecem fontes de esperança através do cuidado dos mais pequenos, da formação acadêmica, do acompanhamento das mães em dificuldade, do inclinar-se sobre os anciãos e os doentes, além da oferta através de projetos, de alojamento para as novas famílias e criação de postos de trabalho, para que valha a pena continuar a permanecer nos Lugares da Salvação”, explicou.
Dom Claudio afirmou que as devastações da guerra e o terremoto evidenciaram a fragilidade das rochas – a quem a humanidade confia a própria esperança e segurança – e faz sentir mais forte o “desejo de procurar a Rocha da fidelidade de Deus na Páscoa de Cristo, morto e ressuscitado”.
Diante de toda essa realidade, o prefeito do Dicastério, responsável pela Coleta em prol da Terra Santa, pede a cada diocese um apoio generoso. “Peço-vos com o coração que a Coleta da Sexta-feira Santa seja portanto generosa da parte de todos, como tantos pequenos óbolos da viúva louvada por Jesus no Evangelho”, pediu.
Dom Gugerotti terminou a carta agradecendo o clero e todas as comunidades religiosas e paroquiais por toda a ajuda enviada aos Lugares Santos e finalizou: “obrigado, sobretudo em nome daqueles que tornarão a uma vida mais digna, graças à vossa bondade”.
Relatórios do Dicastério
Em 2022, a oferta doada na Coleta somou o valor de US$ 9.043.319. No site do Vaticano, o dicastério publicou um relatório que informa os valores arrecadados e como foram distribuídos em diversos projetos. Os relatório estão disponíveis em inglês e italiano.
Sobre a Coleta em prol da Terra Santa
A Coleta para a Terra Santa nasceu da vontade dos Papas de manter o vínculo entre todos os cristãos do mundo e os Lugares Santos. Esta é a principal fonte de sustento da vida que se desenvolve ao redor dos Lugares Santos. E o instrumento para estar ao lado das comunidades eclesiais do Oriente Médio.
Através desta coleta, a Custódia pode apoiar e levar adiante a missão de guardar os Lugares Santos e encorajar a presença cristã na região, por meio de atividades solidárias. Um exemplo destas ações são a manutenção das estruturas pastorais, educativas, assistenciais, sanitárias e sociais.
Os territórios que se beneficiam, de diversas formas, com a Coleta são os seguintes: Jerusalém, Palestina, Israel, Jordânia, Chipre, Síria, Líbano, Egito, Etiópia, Eritreia, Turquia, Irã e Iraque.