Missa do Crisma na Catedral Nossa Senhora da Piedade, em Lorena (SP), contou com a presença dos padres diocesanos, religiosos e missionários da Canção Nova
Julia Beck
Da redação

Dom Wladimir e os sacerdotes da Diocese de Lorena durante benção dos Santos Óleos /Foto: Reprodução CN
A Missa do Crisma da Diocese de Lorena (SP) – onde se encontra a Comunidade Canção Nova – aconteceu na manhã desta Quinta-feira Santa, 17, na Catedral Nossa Senhora da Piedade (igreja jubilar), em Lorena (SP). A celebração contou com a presença dos sacerdotes diocesanos, religiosos e missionários da Canção Nova – entre eles, o presidente da comunidade, padre Wagner Ferreira, e o vice-presidente, padre Donizete Heleno.
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No início de sua homilia, o bispo diocesano, Dom Wladimir Lopes, enfatizou o Jubileu da Esperança, vivido atualmente por toda a Igreja. “O Jubileu, como nos recorda o Papa Francisco, é um tempo de graça, renovação interior e encontro com o essencial. É o tempo de deixar-se envolver pela ternura de Deus. Tempo de esperança que não decepciona”. O bispo acrescentou que o Jubileu é um tempo de reerguimento, de recomeçar com alegria.
Dom Wladimir prosseguiu apontando outros dois marcos desta Quinta-feira Santa: o início do Tríduo Pascal e a bênção dos Santos Óleos. Sobre o primeiro, sublinhou ser o ápice do Ano Litúrgico e cerne da fé católica, que será iniciado mais tarde, com a Missa da Ceia do Senhor. Sobre a Missa do Crisma, o bispo pontuou a bênção dos Santos Óleos, que serão utilizados nos Sacramentos do Batismo, Crisma, Ordem e Unção dos Enfermos.

Clero da Diocese de Lorena durante Missa do Crisma desta Quinta-feira Santa, 17/Foto: Reprodução CN
Dom do sacerdócio
“Nesta missa, celebramos o dom do sacerdócio, que é a participação viva na missão do ungido do Pai, Jesus Cristo. Os óleos abençoados, hoje, ungirão o povo de Deus, selando sua consagração ao Senhor”, disse.
O bispo frisou que o Senhor sabe das quedas, cansaços e dúvidas de seus sacerdotes. “Como bom samaritano, Ele vem ao nosso socorro”, afirmou. Dom Wladimir recordou que o mundo vive tempos desafiadores, por isso Deus conta com cada fiel, principalmente os sacerdotes, para a missão de evangelizar. Segundo ele, a força que deve mover todos é: “Jesus nos ama”.
“Hoje, nossos padres renovam suas promessas sacerdotais, mas, antes de tudo, renovam a sua fé no chamado de Cristo, que os escolheu pessoalmente como amigos. Jesus ama seus sacerdotes, os anima nas provações, basta estar com Ele e nada antepor o Seu amor (…). O Senhor faz uma aliança perpétua com seus ministros”, destacou.
O Evangelho de hoje, ressaltou o bispo, proclama com clareza que o Espírito do Senhor está com Jesus, ungido do Pai, e com todos aqueles que participam de sua missão. Deste modo, ele explicou que os presbíteros foram ungidos para anunciar a Boa Nova, curar e libertar.

Dom Wladimir durante Oração Eucarística da Missa do Crisma /Foto: Reprodução CN
Eucaristia: fonte de vida
Hoje, mais do que nunca, Dom Wladimir observou que o mundo precisa de cura: “Muitos estão adoecidos, substituindo Deus por ídolos vazios”. A partir disso, ele indicou a Eucaristia como fonte de vida. “Na Eucaristia, Jesus está presente para nutrir com seu amor, fortalecer na fraqueza, perdoar e curar”. O bispo convidou todos a agradecerem o dom da Eucaristia e do sacerdócio.
“A última ceia foi o início do serviço. Presidir é servir. Servir e se doar sem reservas”, disse. Por fim, Dom Wladimir agradeceu aos padres diocesanos pela doação e trabalho incansável. “Dão testemunho silencioso (…). Que Nossa Senhora da Piedade interceda por nós, para que perseveremos até o fim. Um Feliz Tríduo Pascal e uma Páscoa repleta de esperança e luz”, desejou.

Dom Wladimir durante benção dos Santos Óleos /Foto: Reprodução CN